Evento climático promete muita chuva e tempestades para as próximas semanas
Zona de transição entre ar quente e frio na América do Sul causará episódios de instabilidade no mês de Novembro.
Um padrão climático incomum está prestes a impactar a América do Sul neste mês de novembro, com a combinação de uma grande massa de ar quente que cobre a maior parte do Brasil e incursões tardias de ar polar no Sul da Argentina. Esse "racha térmico" na região está previsto para resultar em uma série de episódios de chuva, baixas pressões e tempestades, de acordo com a MetSul Meteorologia.
A área de maior instabilidade será a zona de transição entre o ar mais frio no Sul da Argentina e o ar quente que predomina sobre o Brasil, Bolívia e Paraguai. Isso abrange o Nordeste da Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil, especialmente os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A recente ocorrência de uma baixa pressão profunda e um intenso ciclone na costa foi um prenúncio do que está por vir ao longo deste mês e nas próximas semanas. Prevê-se que novos episódios de instabilidade, com áreas de baixa pressão e frentes frias, afetarão diversas localidades no Sul do Brasil, levando a níveis de chuva acima da média histórica.
Cidades do Rio Grande do Sul, por exemplo, podem encerrar o mês de novembro com precipitações entre 300 mm e 500 mm, após setembro e outubro já terem sido excepcionalmente chuvosos. Nos próximos sete a dez dias, prevê-se que ocorram chuvas de 100 mm a 200 mm em algumas áreas do Oeste e do Sul gaúcho.
Embora esse padrão de contraste térmico seja mais comum no inverno, sua ocorrência em novembro é atípica. Normalmente, nessa época do ano, as instabilidades estão mais associadas ao calor e à umidade, com menos influência de frentes frias ou baixas pressões. No entanto, o contraste entre as massas de ar quente e frio continuará a gerar episódios de instabilidade nas próximas semanas.
Modelos meteorológicos apontam para a probabilidade de mais eventos de chuva intensa e tempestades nas regiões Sul do Brasil, Uruguai e Nordeste da Argentina, à medida que o contraste térmico persiste. A sequência de massas de ar frio na Argentina também impedirá a ocorrência de períodos prolongados de calor no Rio Grande do Sul, resultando em um clima mais ameno do que o habitual para esta época do ano.
Com a informação MetSul.