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Combustível? O problema da Red Bull pode ser outro

Os abandonos de Verstappen e Perez deixam os taurinos a zero no início do campeonato

21 mar 2022 - 19h38
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Verstappen no Bahrein: foi mesmo combustível?
Verstappen no Bahrein: foi mesmo combustível?
Foto: Red Bull Content Pool / Getty Images

Um gosto amargo ficou na boca da Red Bull após os abandonos de Verstappen e Perez no final do GP do Bahrein. Após brigarem boa parte da prova pelos primeiros lugares com seus pilotos, tudo mudou nas últimas voltas e a equipe saiu sem ponto algum. É cedo para lamentar, mas em um campeonato tão disputado, qualquer ponto faz diferença.

Inicialmente, se alegou um problema na alimentação. Até apareceu a conversa de que houve um erro na quantidade de combustível no tanque. Entretanto, esta possibilidade foi descartada. Mas chamou a atenção também o abandono de Pierre Gasly que também sofreu com problemas de motor.

Não deixa de ser curioso reportar a alimentação quando Verstappen reclamava que estava apontando para problemas na bateria (o que o rádio logo negou) e Gasly aparentemente teve um problema no sistema de recuperação de energia. Perez rodou aparentemente por conta do travamento do motor e vinha dizendo que perdendo potência.

Não é uma simples conversa. É muito provável que tenha sido isso mesmo. Afinal, este ano, as fabricantes tiveram que fazer adaptações para gasolina com 10% de etanol e, mesmo que não seja algo diferente para eles, impactam em vários aspectos, incluindo o consumo (falamos disso aqui). Só que o sistema de distribuição, por conta de tantos problemas que surgiram, é extremamente padronizado. Por exemplo: as bombas principais são fornecidas pela FIA e duas marcas imensas na área: Bosch e Magneti Marelli.

Neste sentido, começaram após a corrida a surgir notícias que estas peças estavam dando problemas e a FIA havia sido informada. Tanto que, no sábado, a Direção de Prova permitiu que as equipes que classificassem entre os 10 primeiros tivessem uma hora a mais de trabalho para inspecionar a bomba de combustível primária. 

Só que não pode descartar a possibilidade de haver algum problema no sistema híbrido. A Honda ainda seguiu fazendo o trabalho pesado de preparação, já que as principais características serão mantidas até 2025. A Red Bull Powertrains está em processo de estruturação (o pessoal inicial começará a trabalhar no novo prédio em pouco mais de 2 meses) e o seu foco deverá ficar no motor de 2026 (que dizem que a Volkswagen entraria no processo), além de alguns trabalhos de manutenção.

O motor manteve a boa performance de 2021. Mas o mesmo trabalho de adaptação foi feito para o novo regulamento. E mesmo tendo as limitações regulamentares, sempre tem alguma possibilidade de ganho. Até onde se saiba, a Honda não trouxe uma versão revisada do sistema híbrido, que será congelado em 1º de setembro. Só que chama a atenção os carros terem reportado problemas relacionados à parte elétrica...

A Red Bull tem uma característica de não assumir as responsabilidades. Neste caso, somente falou em problema de combustível inicialmente. Até este momento, começou a afastar a possibilidade de ser as bombas. Mas as orelhas também começam a agitar. Afinal, temos que considerar a mudança de regulamento, carros mais pesados, novos esforços...a exigência é outra. Aguardemos.

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