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Chevrolet Onix RS só faz sentido com motor 1.2 turbo

Já lançado na Colômbia, o Onix RS é a versão esportivada do carro-chefe da GM, mas só com 133 cv faria diferença. No México o Onix é 1.2

27 mar 2020 - 08h37
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Chevrolet Onix RS Turbo colombiano: motor 1.0 de 115 cv e câmbio manual de cinco marchas.
Chevrolet Onix RS Turbo colombiano: motor 1.0 de 115 cv e câmbio manual de cinco marchas.
Foto: GM / Divulgação

O lançamento do Chevrolet Onix RS Turbo na Colômbia deixou a República do Automóvel excitada. Afinal, não é sempre que um carro prometido para o Brasil sai antes em algum outro país da América do Sul. Mas o Onix RS -- uma versão esportivada -- chegou primeiro no importante mercado colombiano com câmbio manual (!) de cinco marchas e o motor 1.0 turbo, que lá tem 115 cv de potência e 160 Nm de torque (no Brasil são 116 cv e 165 Nm). Previsto para estrear no Brasil no segundo semestre, o Onix RS Turbo pode ser mais do mesmo... ou surpreender, com o motor 1.2 turbo de 133 cv que equipa o novo Chevrolet Tracker.

Depende apenas do que a GM quer com o Onix RS: ser como a Hyundai, que lançou o HB20 Sport com a mesma cavalaria das outras versões e alguns adereços esportivos, ou ser como a Volkswagen, que lançou o Polo GTS com motor 1.4 TSI e 22 cavalos a mais do que a versão topo de linha. Com o motor 1.2 turbinado do Tracker, o Onix RS teria 17 cv a mais de potência -- um acréscimo de 13%. Sua relação peso/potência passaria de 9,6 kg/cv para 8,4. Aí, sim, poderíamos começar a levar o Onix RS a sério, pois se aproximaria bastante da faixa de desempenho que classificamos como 4 estrelas (menos de 8,0 kg/cv) e sua aceleração de 0-100 km/h baixaria fácil de 10 segundos.

Mas não se enganem. É mais provável que o Chevrolet Onix RS brasileiro chegue ao mercado com o mesmo padrão do colombiano. Rodas pretas de 16” (provavelmente as mesmas do Onix Premier, porém com outra cor), o logotipo RS na grade e na traseira, teto preto, aerofólio traseiro e retrovisores também pintados de preto, volante de couro com costuras vermelhas, detalhes do painel também em vermelho e o logotipo RS também presente nos bancos. O posicionamento de preço deve ser entre a versão LTZ Turbo (R$ 63.450) e Premier (R$ 72.590). Exatamente como na Colômbia.

Interior do Onix RS flagrado em Gravataí: detalhes em vermelho.
Interior do Onix RS flagrado em Gravataí: detalhes em vermelho.
Foto: Reprodução

Porém, para os fãs da marca que gostam de sonhar, ainda há uma pequena esperança. No México, a linha Onix usa o motor 1.2 do Tracker. Lá esse motor tem 130 cv e 191 Nm, o que levou o Onix a acelerar de 0-100 km/h em bons 8,9 segundos. Para receber um novo motor, o Chevrolet Onix RS precisaria ter algumas modificações técnicas. As suspensões teriam que ser recalibradas, provavelmente com alguma modificação também na barra estabilizadora dianteira, os freios deveriam ser redimensionados e o câmbio também precisaria de outra relação de marchas. Nada muito complicado, pois a maioria desses parâmetros são ajustados eletronicamente na engenharia, mas demandaria muitos quilômetros em testes, ou seja, mais custos. Por tudo isso, é quase certo que a GM tenha optado mesmo por lançar o Chevrolet Onix RS com o motor 1.0 turbo já presente na linha, câmbio automático e manual de seis marchas (se é que haverá as duas opções) e os acessórios-padrão da versão. Não fará diferença como carro, mas seduzirá alguns consumidores que gostam do visual esportivo num coração esportivado.

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