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Uma história com a marca da defesa do meio ambiente

Criado por republicanos há 144 anos, o 'Estado de S. Paulo' tem na sua trajetória o compromisso com o desenvolvimento sustentável

4 jan 2019 - 05h11
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O Estado de S. Paulo completa 144 anos, nesta sexta-feira, 4, com uma história marcada pela defesa de temas relevantes para a sociedade e o País, entre eles, o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, apontados recentemente por diversos organismos internacionais como fatores determinantes para o futuro das próximas gerações.

Criado por um grupo de 21 idealistas republicanos, entre eles, dez fazendeiros das regiões da capital e de Campinas, o Estado levantou a bandeira da defesa do meio ambiente quando o assunto mal permeava as discussões econômicas e estava restrito às pesquisas científicas e estudos acadêmicos.

Já em julho de 1887, quando ainda se chamava A Província de São Paulo, o jornal defendeu a urgência da redação de um código florestal como instrumento legal para a preservação da mata na produção do carvão consumido pela indústria e pelas locomotivas a vapor da época. Nas décadas seguintes, O Estado de S. Paulo - como passou a se chamar após a proclamação da República, em 1889 -, insistiu, em editoriais e reportagens, na proteção das florestas. Defendeu também os povos indígenas, os seringueiros, uma exploração racional das terras e a preservação da Amazônia.

Capa de 'A Província de São Paulo' no dia seguinte ao fim da monarquia
Capa de 'A Província de São Paulo' no dia seguinte ao fim da monarquia
Foto: REPRODUÇÃO / Estadão

Personagens relevantes dessa trajetória brasileira, como o marechal Cândido Rondon e os irmãos Villas Boas, sempre contaram com o apoio do jornal em artigos e em reportagens especiais. Mais recentemente, o Estado destacou a luta da Fundação Mata Atlântica em defesa da vegetação e da fauna ameaçadas de extinção, especialmente na Serra do Mar. Na edição de 5 de dezembro de 2018, um editorial do jornal alertou o então presidente eleito, Jair Bolsonaro, a agir com cautela em relação ao Acordo de Paris, firmado em 2015 por 195 países da ONU, com o compromisso de adotar uma série de ações para conter mudanças climáticas.

Rio Tietê. Entre as campanhas defendidas pelo Grupo Estado ao longo desses últimos anos, está a da despoluição do rio Tietê, que tem 1.100 quilômetros e passa por vários municípios paulistas. No início dos anos 1990, a Rádio Eldorado encabeçou uma campanha, junto com a SOS Mata Atlântica, pela limpeza do rio. Foi organizado um abaixo-assinado, encampado pelo Grupo Estado (que incluía o Jornal da Tarde, publicado até 2012), e reuniu cerca de 1,2 milhão de assinaturas. A movimentação acabou mobilizando o governo do Estado a lançar, em 1992, o Projeto Tietê para a despoluição do rio.

Passados quase 27 anos, porém, o Tietê ainda não se livrou do problema. Após investimentos de US$ 2,8 bilhões, houve ampliação de 70% para 84% do índice de coleta de esgoto, e a mancha de poluição do rio recuou 408 km. Os números mostram um processo de recuperação, mas ainda lento.

Reportagem do 'Jornal da Tarde' sobre acordo para limpar o Tietê
Reportagem do 'Jornal da Tarde' sobre acordo para limpar o Tietê
Foto: REPRODUÇÃO / Estadão

Monitoramento anual feito pela SOS registrou no ano passado uma redução de 8 km na mancha em relação a 2017. Mas em 122 km - 11% de sua extensão - o rio ainda está altamente poluído. Essa mancha considerada morta vai de Itaquaquecetuba até Cabreúva.

Novas plataformas. A defesa do meio ambiente é destaque no site do Estado. A iniciativa mais recente foi o lançamento da Supercoluna Bolsonaro e o Ambiente, no dia 1.º de janeiro, como parte do projeto Supercolunas, em que editores e especialistas do jornal ajudam o leitor a mergulhar no conteúdo e entender os fatos. O tema de estreia foi mudanças climáticas.

O portal também abriga o site Mar Sem Fim, do jornalista João Lara Mesquita, que traz notícias, entrevistas e análises sobre a área com foco no mar e nas zonas costeiras, além de documentários sobre a Antártida e unidades de conservação, entre outros temas. Em publicação feita no último dia 26, por exemplo, o jornalista analisou as indicações feitas pelo ministro Ricardo Salles para os principais postos do Ministério do Meio Ambiente. Nesta quinta-feira, 3, o tema foi a decisão do governo do Japão de retomar a caça de baleias, apesar de proibição internacional.

O Estado também mantém três blogs sobre meio ambiente, com diferentes abordagens. Em Ambiente-se - Porque nosso planeta é um só, são tratados questões como aquecimento global, desmatamento e situação da fauna e da flora. No blog Mais Democracia, Mais Sustentabilidade, profissionais do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) abordam temas que vão da gestão da água e saneamento a energias renováveis, preservação da floresta e valorização da diversidade socioambiental brasileira. Já o Eu na Floresta - Quem são e como vivem os povos da Amazônia fala sobre a vida dos povos locais.

Estadão
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