PUBLICIDADE

O que é o Pix, o novo meio de pagamentos do Banco Central?

Com data de lançamento prevista para 16 de novembro deste ano, o sistema deve realizar transações financeiras em até 10 segundos

7 set 2020 - 09h00
Compartilhar
Exibir comentários

A partir do dia 16 de novembro deste ano, os cidadão brasileiros bancarizados terão mais um novo meio para fazer transferências e pagamentos: o Pix. Criado pelo Banco Central (BC), o novo sistema financeiro tem como premissa a possibilidade de enviar e receber dinheiro de maneira praticamente instantânea - com um teto de 10 segundos para conclusão da movimentação -, sem limite de dia e hora para a realização de operações, funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, incluindo feriados.

No momento, o novo sistema de transferências e pagamentos desenvolvido pelo BC ainda está em fase de homologação com as instituições financeiras. Esse processo de testes deve prosseguir até o dia 5 de outubro deste ano. Até lá, no entanto, tanto bancos como aplicativos de carteira digital poderão oferecer um "pré-cadastro" no Pix para seus clientes, que podem aceitar ou não a proposta. Após outubro, já será possível concluir o cadastro para a novidade.

Banco Central do Brasil é o grande responsável pela criação do novo meio de pagamentos e transferências Pix, que deve ser lançado no dia 16 de novembro deste ano
Banco Central do Brasil é o grande responsável pela criação do novo meio de pagamentos e transferências Pix, que deve ser lançado no dia 16 de novembro deste ano
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Com a proximidade do lançamento do Pix, há muitas dúvidas com relação ao novo sistema de pagamentos e transferências. Como ele irá funcionar? O que são apelidos? O que o código QR tem a ver? Pensando nisso, o Terra separou as principais questões relacionadas à novidade desenvolvida pelo BC e as respondeu aqui neste texto.

Por que o Pix é "instantâneo"?

O Pix tem ficado conhecido como um "meio de pagamentos instantâneo". Isso porque, de acordo com o Banco Central, qualquer movimentação financeira utilizado o novo sistema seja realizada, no máximo, em até 10 segundos. O fato é que, embora a rapidez seja um ponto forte do novo serviço, ele não é apenas um meio de pagamento - podendo substituir o boleto, cartão de débito e crédito -, mas também é uma nova forma de realizar transferências, funcionando como alternativa à tradicional Transferência Eletrônica Disponível (TED) e ao Documento de Ordem de Crédito (DOC).

Quando vou poder usar?

Outra característica bastante difundida sobre o Pix tem relação com a sua disponibilidade. Ao contrário de outras formas de transferências, como as já citadas TED e DOC, o sistema do Banco Central não terá horário, nem dia específico para sua utilização. A proposta é de que seja possível enviar e receber dinheiro 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo feriados.

Quando o sistema vai ser lançado para o público geral?

Logomarca do Pix, o novo sistema de pagamentos e transferências do Banco Central do Brasil
Logomarca do Pix, o novo sistema de pagamentos e transferências do Banco Central do Brasil
Foto: Flickr/Banco do Brasil / Divulgação

A perspectiva é de que, após a homologação das instituições financeiras, tanto bancos quanto aplicativos de carteira digital comecem a cadastrar os seus correntistas no Pix. Após essa etapa, caso o cronograma se cumpra, o sistema será disponibilizado a todos no dia 16 de novembro de 2020.

O Pix é uma espécie de conta corrente?

O novo sistema do Banco Central não é uma conta corrente. Não será necessário baixar um outro aplicativo para "criar uma conta Pix". A confusão ocorre porque, sim, quem for usar esse novo meio de pagamentos e transferências deverá se cadastrar. A questão, porém, é que a inscrição será feita via instituição financeira de preferência. O cliente deve solicitar a vinculação de sua conta corrente com o Pix, e o banco ou aplicativo de carteira digital deverá realizar o processo de vinculação.

Quais instituições oferecerão o Pix?

Bancos ou aplicativos de carteiras digitais com mais de 500 mil contas são obrigados a introduzir o Pix em seus sistemas de pagamentos e transferências, conforme resolução do Banco Central. Outras instituições também poderão oferecer a novidade. Para isso, no entanto, elas precisam demonstrar interesse perante o BC e iniciar o processo de homologação, caso estejam aptas.

Quem poderá utilizar?

Qualquer cidadão que tenha conta nas instituições financeiras com Pix poderá utilizar o sistema de pagamentos do Banco Central. Há, porém, uma condição para que isso ocorra: o cliente deve solicitar ao banco que vincule um de seus apelidos (ver explicação abaixo) com a sua conta corrente.

"Apelido"? O que é isso?

A transferência de valores pelo Pix não necessitará que o pagador coloque todos os dados do recebedor, mas apenas um "apelido"
A transferência de valores pelo Pix não necessitará que o pagador coloque todos os dados do recebedor, mas apenas um "apelido"
Foto: JGalione / iStock

O "apelido" é um nome menos técnico para as chamadas "chaves de endereçamento", termo criado pelo BC para os códigos e informações que possibilitam a identificação de uma pessoa e sua respectiva conta corrente. Há três apelidos que podem ser cadastrados no Pix: o Cadastro de Pessoa Física (CPF); o e-mail; e o telefone celular. O cliente deve solicitar a sua instituição financeira que vincule um desses três apelidos à conta que possui.

Qual a função dos "apelidos" dentro do Pix?

Os apelidos - CPF, e-mail e celular - são importantes, pois permitem que o Banco Central, na hora de processar uma movimentação financeira, identifique uma pessoa e sua respectiva conta corrente. Supondo que o vínculo de uma dessas chaves já tenha sido feito, assim que o cliente realizar a transação, o BC consegue localizar que o CPF inserido na transferência corresponde a uma conta corrente ou carteira digital específica. Sendo assim, para enviar ou receber dinheiro, bastará inserir apenas uma dessas informações no ato da transferência ou pagamento.

Vou ter que vincular todos meus apelidos em um banco só?

Por conta dessa necessidade de vincular os apelidos com as contas correntes, a perspectiva é de que, até o lançamento do Pix, se tenha uma "corrida" das instituições financeiras para vincular os apelidos de seus clientes a suas contas correntes. O Santander, por exemplo, já lançou campanha para que seus correntistas façam o pré-cadastro no chamado "SX", nome que o banco deu para o sistema do BC. No entanto, não será necessários vincular CPF, e-mail e telefone celular em apenas uma conta corrente. O usuário pode usar os três apelidos para três contas diferentes, caso seja queira.

Como o Pix aparecerá para mim?

O Pix, dentro dos aplicativos de bancos e carteiras digitais, aparecerá como mais uma forma de realizar transferências, uma alternativa à TED e ao DOC. A diferença entre as três formas de enviar dinheiro, contudo, é de que o cliente não pagará mais pela operação no sistema desenvolvido pelo BC, mas sim a instituição financeira, a um preço de R$ 0,01 para cada 10 movimentações.

Para pagamentos em lojas, restaurantes, bares, a utilização será diferente. As tradicionais máquinas de cartão adicionarão a nova forma de pagamento em seus visores. "Crédito, débito ou Pix?", será uma pergunta mais frequente em estabelecimentos comerciais a partir de novembro. Além disso, no comércio eletrônico e em contas recorrentes, como as de luz e energia por exemplo, a quitação poderá ser realizada por meio do Pix via códigos QR.

O que são os códigos QR e como vou usá-los no Pix?

Semelhante ao que ocorre em alguns locais, o pagamento por QR Code do Pix será feito por meio do smartphone, que atuará como um "leitor do valor" a ser transferido
Semelhante ao que ocorre em alguns locais, o pagamento por QR Code do Pix será feito por meio do smartphone, que atuará como um "leitor do valor" a ser transferido
Foto: Morsa Images / iStock

O Quick Response Code, ou simplesmente QR Code, será uma outra ferramenta utilizada pelo Pix para a realização de transferências e pagamentos. Uma pessoa física ou jurídica pode gerar códigos para determinado valor. O pagador, por sua vez, deve escanear a imagem em seu smartphone, sem a necessidade de abrir o aplicativo de sua instituição financeira, e confirmar o pagamento.

Veja também:

Open Banking: o cliente vira dono dos dados financeiros:
Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade