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iFood já destinou R$ 15,6 mi de fundo de apoio a restaurantes

Empresa reservou R$ 50 milhões para apoiar estabelecimentos durante crise do coronavírus; a partir de segunda-feira, 20, startup vai distribuir máscaras para entregadores

17 abr 2020 - 05h11
(atualizado às 12h11)
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O iFood anuncia, nesta sexta-feira, 17, que já destinou R$ 15,6 milhões para apoiar restaurantes parceiros durante a crise do coronavírus. Os valores, revelados com exclusividade pela companhia ao Estado, fazem parte de um fundo de R$ 50 milhões que a empresa colocou à disposição dos estabelecimentos que tiverem problemas para se sustentar em meio à pandemia.

A empresa afirmou ainda que 98% dos restaurantes parceiros pediram para receber antes os valores movimentados pela empresa. Normalmente, o iFood leva até 30 dias para repassar os ganhos para os estabelecimentos. Desde o meio de março, porém, esse período leva apenas 7 dias para os parceiros que assim desejarem. Questionada pela reportagem, a companhia informou que já antecipou cerca de R$ 600 milhões em pagamentos. Com os números, a empresa projeta que deve injetar cerca de R$ 2,5 bilhões de capital de giro com os adiantamentos entre o período de março a maio.

A startup de entrega de refeições também afirmou que não tem ainda nenhum caso confirmado de entregador com coronavírus. Segundo o iFood, mais de 40 entregadores solicitaram apoio pelo fundo solidário de R$ 1 milhão criado pela empresa, por estarem com sintomas suspeitos da covid-19. A companhia, que faz parte do Grupo Movile, afirmou ainda que mais de 150 entregadores que fazem parte de grupos de risco (como idosos ou portadores de doenças cardíacas e respiratórias) também pediram auxílio a outro fundo, este voltado justamente para quem tem mais chance de ter complicações por conta da pandemia.

A partir da próxima segunda-feira, 20, a empresa vai começar a entregar máscaras de proteção em um kit de segurança para seus entregadores - nas últimas semanas, o iFood já estava entregando kits com álcool em gel para seus parceiros. Não há postos de retirada: a empresa criou um sistema logístico em que o entregador vai buscar o pacote como se fosse uma refeição, a fim de evitar aglomerações. Para evitar gastos extras para o entregador com o deslocamento, o iFood remunera a retirada como se fosse uma encomenda normal.

Ao Estado, a startup afirmou ainda que aumentou a procura das pessoas para se tornarem entregadores: foram 185 mil cadastros em março, contra 75 mil em fevereiro. Houve também crescimento no valor das gorjetas pagas pelos clientes aos entregadores: em março, foram R$ 735 mil direcionados em bonificações para os parceiros, um salto de 218% na comparação com fevereiro. O valor deve ser ainda maior neste mês: segundo o iFood, só nos primeiros 15 dias já foram direcionados R$ 1 milhão em gorjetas.

A empresa também disse que segue contratando funcionários em meio à crise: nas últimas semanas, admitiu 57 pessoas em regime home office - os novos empregados receberam equipamentos em casa e instruções pela internet para já começar a trabalhar de suas residências. Ao todo, o iFood tem hoje 2,9 mil funcionários.

Estadão
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