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Estadão terá nova cobertura de tecnologia a partir de 2026

Publicações estarão divididas entre TecMundo, The Brief e diferentes editorias; Link deixa de ser publicado a partir de janeiro

21 dez 2025 - 05h43
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A partir de 1º de janeiro de 2026, a cobertura de tecnologia do Estadão terá um novo modelo, ancorado nas marcas TecMundo e The Brief, ambas adquiridas na compra da NZN, em outubro. Além disso, o jornal manterá a produção autoral na cobertura tecnológica, que ao longo dos anos obteve reconhecimento e prestígio no jornalismo brasileiro - essas reportagens e análises serão publicadas em diferentes editorias, de acordo com o tema abordado.

Com o movimento, a marca Link, que concentrava a cobertura do Estadão na área desde 2004, será desativada. A última reportagem especial da editoria é publicada neste domingo, 21, trazendo um debate sobre a troca geracional no domínio da produção de cultura digital na internet atual.

TecMundo e The Brief passam a ancorar a cobertura de tecnologia do Estadão a partir de janeiro
TecMundo e The Brief passam a ancorar a cobertura de tecnologia do Estadão a partir de janeiro
Foto: Bruno Romani/Estadão / Estadão

"A tecnologia é onipresente nas nossas vidas. No mercado de trabalho, nos negócios, na educação dos filhos, nos produtos que não saem das nossas mãos. Este novo modelo de cobertura permite ao Estadão levar melhor ao público tanto o olhar especializado de quem vive de tech como a contextualização necessária entre a tecnologia e qualquer outro assunto, independente da área", diz Leonardo Mendes Júnior, diretor de Redação do Estadão.

A CES (Consumer Eletronics Show), maior feira global de tecnologia e eletrônicos de consumo, será a primeira grande cobertura do Estadão neste novo modelo. O evento ocorre de 4 a 9 de janeiro, em Las Vegas.

Criado em 2011, o TecMundo faz parte de uma geração de sites de tecnologia que nasceu na virada da década de 2010 com o crescimento da importância do assunto na rotina das pessoas, especialmente no Brasil. No novo momento, o site concentrará esforços onde já é reconhecido pela excelência: cobertura de produtos, serviços, cibersegurança e entretenimento — as marcas "Voxel" e "Minha Série", que operam dentro de TecMundo, continuarão a cobertura que inclui games, séries e filmes.

A operação de vídeos de TecMundo é robusta e inclui plataformas variadas, incluindo no YouTube, TikTok e Instagram. O canal "Tecmundo" é o principal da operação e está presente em todas as plataformas: YouTube (4,16 milhões de assinantes), Instagram (894 mil), TikTok (182,5 mil).

Já The Brief é a newsletter do TecMundo que se propõe a contar "as melhores histórias de negócios em tecnologia". Isso significa que traz histórias sobre IA, big techs ou carreira, além de um texto especial e exclusivo por dia. Com cerca de 50 mil assinantes, tornou-se uma das principais newsletters de tecnologia do País. Ela é disparada diariamente às 7h — para se inscrever .

"Para o TecMundo é uma honra fazer parte da estrutura Estadão. O TecMundo nasceu digital, tem uma equipe cronicamente online e multiplataforma, que atua em vídeos, mídias sociais e site de modo integrado. Nossa capacidade de infiltração e gerar discussões sobre temas atuais - seja em cibersegurança ou filmes e séries -, alinhada ao padrão ouro de jornalismo do Estadão renderá algo inédito no Brasil: uma potência de cobertura transversal, que abraça todos os formatos de mídia possíveis, mergulhada em apuração e tendência, que saiba informar desde o leitor chega agora ao mundo das notícias até o leitor tomador de decisão, que prima por um trabalho mais profundo", diz Felipe Payão, editor-chefe de TecMundo.

Por fim, o Estadão manterá sua excelência na cobertura tecnológica com produção autoral própria distribuída de forma transversal, o que significa que textos, análises e coberturas aprofundadas, incluindo regulação, big tech, IA e comportamento, poderão aparecer em todas as editoria do jornal, como Economia, Política, Educação e Cultura.

A nova estrutura já começa com uma grande cobertura no radar. A partir de 4 de janeiro, o Estadão estará na CES, principal feira de tecnologia dos EUA, que ocorre em Las Vegas. Por lá, nomes fundamentais do setor, como Jensen Huang, CEO da Nvidia, dividirão espaço com lançamentos de marcas gigantes e startups promissoras de todo o mundo — o público esperado é de 142 mil pessoas. A participação do Estadão ocorrerá por meio de um convite da Consumer Technology Association (CTA), entidade organizadora do evento, o que atesta a importância da cobertura tecnológica do Estadão no País.

Os materiais produzidos por TecMundo, The Brief e Estadão poderão aparecer também nas edições impressas do 'Estadão'.

Link fez história no jornalismo de tecnologia do Brasil

Publicado pela primeira vez em 18 de outubro de 2004, o Link foi o primeiro projeto verdadeiramente multiplataforma do Estadão, levando a cobertura tecnológica para impresso, site e rádio. A marca tinha site próprio, separado do 'Estadão', e mantinha uma rotina de produção que contemplava tanto o físico como o digital, além de um programa na rádio Eldorado. Era uma proposta muito disruptiva para a época, com grandes veículos ainda tentando entender o seu espaço na internet. Além disso, nascido no início da popularidade do Orkut, o Link tinha uma rede social própria, que lembrava as comunidades do serviço do Google — quando inaugurou, a comunidade do Link tinha 4 mil membros. No ano passado, foi publicado material especial sobre seus 20 anos de existência.

A mudança proposta pelo Link ia além dos formatos: a abordagem era a de colocar as pessoas, o comportamento e a cultura no centro da cobertura fria sobre máquinas, tão comum nas editorias de tecnologia da época. Falar sobre comportamento e o impacto da tecnologia nas pessoas sempre foi uma missão e um diferencial: desde os primeiros webnamoros já registrados até o movimento feed zero da geração Z. Essa afinidade por redes sociais fez do Link, ainda em 2008, o dono do primeiro perfil do Estadão no Twitter, antes mesmo do "perfil principal" do jornal.

"O Link entendeu muito cedo o impacto da tecnologia no mundo. Economia, comportamento, cultura, trabalho, relacionamentos, política, educação, poder: tudo seria transformado pelo ambiente digital. Ao longo de 21 anos, foi um pilar da cobertura no Brasil, inspirou e provocou leitores — dos mais jovens aos tomadores de decisão —, além de formar gerações de jornalistas talentosíssimos. O legado é muito poderoso", diz Bruno Romani, editor do Link.

A editoria a chegada dos smartphones, a ascensão das redes sociais, o surgimento da economia dos aplicativos e como fóruns online alimentavam radicais e crimes de ódio, a Primavera Árabe e o Occupy Wall Street. Olhou para a construção do Marco Civil da Internet e da Lei Geral de Proteção de Dados, a ascensão ao topo do poder político e econômico das empresas de tecnologia, os megavazamentos de dados e escândalos globais, como Cambridge Analytica.

Em 2021, o Link liderou a cobertura brasileira dos Facebook Papers, uma série de reportagens feitas por um consórcio global de veículos que revelou os bastidores da empresa a partir de documentos vazados por uma ex-funcionária.

Na sua reta final, a editoria também acompanhou de perto o surgimento de um ecossistema de inovação brasileiro, reportando com exclusividade o surgimento de diversos unicórnios nacionais, como Nubank e iFood. Mais recentemente, passou a liderar a cobertura de inteligência artificial (IA), além de ser o único veículo com excelência em computação quântica.

Entre os entrevistados do Link ao longo dos anos estão Mark Zuckerberg, Vint Cerf, Aaron Swartz, Ray Kurzweil, Tim Berners-Lee, Steve Wozniak, Nolan Bushnell, Jimmy Wales, Reed Hastings, Martin Cooper, Sundar Pichai e Sam Altman.

"O Link captou e reportou como nenhuma outra editoria de grande veículo a intensa transformação da tecnologia no primeiro quarto deste século, de quando a internet se construía em torno de links ao cenário difuso, incerto e encantador da inteligência artificial. Deixa um legado de cobertura muito sólido, que impulsiona este novo momento, com a combinação entre dois produtos especializados e consagrados no mercado que nasceram no turbilhão em que a tecnologia saiu do nicho para dominar nossas vidas - TecMundo e The Brief - e a cobertura com o DNA Estadão", diz Mendes Júnior, do Estadão.

Com tantos temas e nomes importantes, além de dezenas de jornalistas talentosos, durante a sua trajetória, chegou a hora do Link descansar. A marca entra para a história dos produtos digitais, como o Google Reader e o Fotolog, mas o seu legado permanecerá na nova cobertura tecnológica do Estadão.

Estadão
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