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Sindicatos na Argentina fazem greve geral contra governo Milei nesta quinta (9)

"Vamos fazer greve de 24 horas pelos reajustes dos pensionistas. Não se pode ajustar sobre os setores mais vulneráveis, queremos resolver as questões salariais", disse o secretário-geral da CGT, Héctor Daer

9 mai 2024 - 08h54
(atualizado às 09h00)
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A Confederação Geral do Trabalho (CGT) realizará uma greve nacional de 24 horas na Argentina, nesta quinta-feira (9), contra as políticas econômicas do presidente Javier Milei.

Dirigentes da CGT: Héctor Daer, Carlos Acuña e Pablo Moyano
Dirigentes da CGT: Héctor Daer, Carlos Acuña e Pablo Moyano
Foto: Noticias Argentinas / Perfil Brasil

Esta é a segunda "medida de força" contra o governo argentino em cinco meses. A primeira foi em 24 de janeiro, quando houve uma greve nacional de 12 horas.

"Vamos fazer uma greve de 24 horas pelos reajustes dos pensionistas e reformados. Não se pode ajustar sobre os setores mais vulneráveis, queremos resolver as questões salariais", afirmou o secretário-geral da CGT, Héctor Daer.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, voltou a criticar a CGT nas horas anteriores à nova medida de força e chamou o sindicato de "os fundamentalistas do atraso", além de confirmar que "os trabalhadores do Estado que pararem terão desconto no dia".

A greve está marcada para começar a 0h, no horário de Buenos Aires, indo até 23h59 e contempla a paralisação de diversas atividades e serviços.

Sindicatos e a greve como "medida de força"

O sindicato busca sua segunda medida de força em apenas cinco meses de gestão libertária, tendo como pano de fundo o debate da Lei de Bases no Senado. No local são discutidos temas "sensíveis" para dirigentes sindicais, como as iniciativas de flexibilização incluídas na reforma trabalhista promovida por Milei.

O apelo maciço, gerado semanas atrás no contexto da Marcha Universitária Federal, mostrou que a motosserra do presidente conseguiu unificar vários setores e grupos de diferentes orientações políticas contra o ajuste.

A enorme participação popular nesta marcha deu à CGT o impulso para lançar esta nova medida de força, sabendo que nos próximos meses virão novos aumentos tarifários (estrategicamente prorrogados pelo Governo para desativar temporariamente uma fonte de tensão).

A grande maioria dos sindicatos vai parar esta quinta-feira, já que a medida de força foi convocada pelos três grandes centros. A paralisação será sentida fortemente durante o dia em quase todas as atividades, até mesmo nos transportes e funcionalismo público. Alguma atividade só é esperada em determinadas instalações comerciais.

Perfil Brasil
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