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#10: Aprenda técnica para controlar ansiedade e o estresse

As crises de ansiedade, quando não enfrentadas e cuidados com responsabilidade, podem desencadear problemas ainda maiores

10 out 2018 - 15h41
(atualizado em 16/8/2021 às 15h41)
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O estresse e a ansiedade afetam todo nosso corpo, não só nosso estado mental
O estresse e a ansiedade afetam todo nosso corpo, não só nosso estado mental
Foto: iStock

O estresse e a ansiedade afetam todo nosso corpo, não só nosso estado mental. Muitas doenças estão relacionadas ao nosso estado mental, pois provocam mudanças na composição química do nosso físico. Vamos tentar entender?

No centro do nosso cérebro existe uma pequena estrutura, do tamanho de uma ervilha e pesando apenas 4 gramas, que tem um papel fundamental nas emoções, nos instintos e no controle dos sistemas e processos do corpo. O hipotálamo trabalha para manter o equilíbrio químico do corpo. Apesar do tamanho, é importantíssimo para o funcionamento da maioria dos sistemas do organismo e tem participação no equilíbrio:

• sono/vigília

• fome

• temperatura do corpo

• sede

• diurese (urinar)

• sistema nervoso autônomo

• sistema límbico

O sistema nervoso autônomo é responsável por todo processo orgânico que funciona independente do controle consciente. Ele controla funções como a respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão. Se nos encontramos em um estado de estresse contínuo, as substâncias que o hipotálamo libera, faz com que o sistema nervoso autônomo funcione de maneira desequilibrada e o sistema de emergência do corpo é acionado. A partir disso, podemos observar os seguintes acontecimentos:

1. Aumento da frequência cardíaca - o sangue circula mais rápido e há um aumento da atividade muscular e cerebral; a ação e o movimento ficam mais eficazes.

2. O baço se contrai e leva mais glóbulos vermelhos à corrente sanguínea e melhora a oxigenação do organismo.

3. O fígado libera glicose, que serve de alimento e energia  para músculos e cérebro.

4. Aumenta a atividade respiratória para a captação de mais oxigênio.

5. As secreções do aparelho digestivo diminuem ou param de ser produzidas - a saliva, os sucos gástricos, os pancreáticos e a bile.

6. Todas as saídas corporais se contraem.

7. As glândulas sudoríparas aumentam a secreção.

8. A supra renal libera adrenalina e corticóides.

Esses são sintomas que acontecem nos primeiros momentos do estresse. Se ele é passageiro, os sintomas são mais fracos e terminam assim que o acontecimento que o desencadeou termina. No entanto, se for contínuo, os danos provocados, no corpo físico, emocional e mental podem ser devastadores. 

O sistema de alarme que foi ativado deve ser desativado o mais rápido possível.

O mais terrível e preocupante é que, muitos de nós estamos viciados nessas substâncias e pode haver uma resistência em baixar a atividade da supra renal, que se encontra sob a influência do sistema nervoso central. Nesse processo, o organismo se acostuma aos estressores e o resultado é uma antecipação constante de respostas, ou seja, mesmo que não haja nada que provoque uma reação de defesa, o seu organismo reage como se o perigo ainda persistisse. 

Quando há o esgotamento, começam os problemas mais sérios como:

1. dores pelo corpo.

2. alterações no sono.

3. perda de energia.

4. irritabilidade.

5. ansiedade.

6. baixo desempenho sexual.

7. indisposição.

Vou fazer agora, com algumas perguntas simples:

1. Você sente sensação de sufoco, coração acelerado, falta de ar ou tremores nas mãos ou pelo corpo quando está em repouso?

2. Você tem medo de perder o controle e muitas vezes tem a sensação que vai enlouquecer?

3. Você evita algumas situações e encontros sociais por causa do medo?

4. Você tem medo de coisas e pessoas específicas?

5. Você sente aflição quando entra em um elevador ou quando enfrenta alguma situação que não pode escapar quando quiser?  

6. Você sente medo de sair de casa?

7. Você tem pensamentos recorrentes que não consegue evitar?

8. Você repete atividades compulsivamente?

9. Você fica preso em algum acontecimento desagradável do passado e não consegue se livrar de sua memória?

Se você respondeu sim para, pelo menos 4 perguntas, você pode estar em meio a um transtorno de ansiedade, provocado pelo estresse contínuo e isso pode ser um risco para sua saúde. Uma maneira de começar a mudar esse estado de alerta constante é através da respiração e do silêncio, que levam ao início de mudança do padrão de funcionamento do cérebro e consequentemente um estado de relaxamento profundo.

As crises de ansiedade, quando não enfrentadas e cuidados com responsabilidade, podem desencadear problemas ainda maiores como as crises de pânico, a depressão e mesmo o TOC, transtorno obsessivo compulsivo (pretendo abordar os problemas da ansiedade semanalmente aqui com exercícios e dicas para combatê-la). 

Hoje vamos começar esta série com um exercício de relaxamento seguido de visualização e meditação, que está no podcast abaixo. Se você conseguir praticá-lo todos os dias, sentirá uma grande diferença em algumas semanas. Procure tornar esses exercícios um hábito, coloque-o como parte de sua rotina. Você vai se surpreender com os resultados.

Fonte: Eunice Ferrari
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