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Vaticano prende acusado de fazer transações imobiliárias

Gianluigi Torzi fazia parte de esquema de compra em Londres

5 jun 2020 - 17h23
(atualizado às 17h32)
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A Promotoria de Justiça do Vaticano emitiu nesta sexta-feira (5) um mandado de prisão contra o italiano Gianluigi Torzi, intermediário e um dos acusados de fazer parte de um esquema de compra de imóveis no exterior com dinheiro da Igreja.

Gianluigi Torzi fazia parte de esquema de compra em Londres
Gianluigi Torzi fazia parte de esquema de compra em Londres
Foto: Ansa / Ansa - Brasil

A detenção ocorreu ao final do interrogatório do italiano, que estava acompanhado de seus advogados de defesa. A ordem foi assinada pelo promotor Gian Piero Milano e seu vice Alessandro Diddi.

Segundo comunicado oficial, Torzi é "acusado de extorsão, peculato, fraude agravada e lavagem de dinheiro". Os crimes, segundo a lei do Vaticano, podem resultar em penas de até 12 anos de prisão.

A medida faz parte do inquérito que investiga operações irregulares, incluindo milionárias transações de imóveis no exterior com recursos do Óbolo de São Pedro, sistema de arrecadação dos donativos à Igreja Católica.

De acordo com a Justiça vaticana, Torzi estaria envolvido na venda e compra de um edifício residencial em Londres, em uma transação de US$200 milhões, em parceria com um fundo de Luxemburgo.

Até o momento, o acusado está mantido em instalações especiais no quartel da Gendarmaria. Ele é a primeira pessoa a ser detida no inquérito, que também investiga outros funcionários de alto escalão do Vaticano.

No ano passado, o escândalo já havia levado à suspensão de cinco trabalhadores da Santa Sé, à renúncia do chefe de polícia do Vaticano e à saída do ex-chefe da Autoridade de Informações Financeiras (AIF) do Vaticano.

Ansa - Brasil   
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