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União Europeia considera fornecer financiamento e expertise para desarmamento do Hamas

De acordo com um documento que estabelece um plano de paz na região, elaborado pelo serviço diplomático da UE, os Estados-membros deveriam "avaliar e explorar formas de financiar e oferecer expertise para o desarmamento" em Gaza.

17 out 2025 - 16h15
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De acordo com um documento que estabelece um plano de paz na região, elaborado pelo serviço diplomático da UE, os Estados-membros deveriam "avaliar e explorar formas de financiar e oferecer expertise para o desarmamento" em Gaza.

Combatentes do Hamas durante manifestação contra Israel em Gaza, em 8 de julho de 2025 (imagem ilustrativa).
Combatentes do Hamas durante manifestação contra Israel em Gaza, em 8 de julho de 2025 (imagem ilustrativa).
Foto: REUTERS/Suhaib Salem / RFI

Os 27 países discutem o papel que a União Europeia poderia desempenhar, após ter sido deixada de lado nas negociações que levaram ao acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel. A primeira fase desse acordo permitiu a interrupção dos combates após dois anos de guerra.

Segundo o plano de Trump para Gaza, composto por 20 pontos, as próximas etapas da trégua devem incluir o desarmamento do Hamas, uma oferta de anistia aos militantes que aceitarem entregar as armas, e a implementação de uma nova governança.

Os ministros das Relações Exteriores da UE devem discutir o papel da União nesse processo durante uma reunião na segunda-feira (20) em Luxemburgo. O documento, preparado pelos serviços da chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, que estará sobre a mesa dos ministros, também detalha outras áreas de atuação possíveis para a União, principal doadora internacional em Gaza.

"A prioridade é garantir a entrega imediata de ajuda em larga escala a Gaza e a todo o território, em conformidade com o direito humanitário internacional", afirma o texto.

A UE já indicou estar pronta para reativar uma missão de monitoramento no ponto de passagem de Rafah com o Egito, quando este for reaberto, e poderá ajudar na formação de uma futura força policial em Gaza.

Como principal apoio financeiro internacional aos palestinos, a UE também deverá desempenhar um papel no financiamento da reconstrução, ao lado dos países do Golfo, que são chamados a liderar esse esforço, segundo diplomatas em Bruxelas.

Os ministros também discutirão na segunda-feira a possibilidade de abandonar propostas de sanções contra Israel, após o acordo de cessar-fogo obtido por Donald Trump. Israel pressiona para que essas medidas sejam retiradas, mas vários Estados da UE defendem que elas devem permanecer sobre a mesa, a fim de manter a pressão, inclusive em relação à situação na Cisjordânia.

Repressão violenta

Enquanto os bombardeios diminuíram significativamente na Faixa de Gaza, o Hamas lançou uma repressão violenta contra facções rivais que desafiam sua autoridade e são acusadas de colaborar com Israel. Um vídeo em que vários homens aparecem ajoelhados em plena rua e são friamente executados circulou nas redes sociais. Donald Trump ameaçou intervir para desarmar à força os combatentes do movimento.

A pesquisadora associada ao Centro de Pesquisas Internacionais (CERI-Sciences Po) e da Universidade de Tours, Sarah Daoud, explica que as forças de segurança do Hamas voltaram à Gaza, com o apoio do governo americano, para as buscas dos corpos dos reféns israelenses. Assim, "o Hamas atua para resgatar o controle de uma parte do território, restabelecer a ordem de segurança e evitar que a situação caminhe para uma guerra civil", disse. 

A pesquisadora destaca ainda que as execuções são uma negociação de força e, por isso, a grande discussão sobre a desmilitarização do Hamas é complexa, já que cabe também ao grupo controlar as ruas para permitir a entrada da ajuda humanitária. "Quando o presidente americano diz que dá o seu acordo para que o Hamas se mobilize e depois diz que ele vai desmilitarizar o grupo a força, as propostas são desconexas com que acontece na realidade no local. E, na realidade, efetivamente o Hamas retomou o controle da Faixa de Gaza", opinou a pesquisadora. 

Com AFP e RFI

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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