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Trump perdoaria Assange se ele informasse fonte de vazamento de emails democratas, diz advogada

18 set 2020 - 12h56
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs perdoar Julian Assange se o fundador do WikiLeaks informasse a fonte do vazamento de emails do Comitê Nacional Democrata antes da eleição presidencial de 2016, disse a advogada de Assange a um tribunal de Londres nesta sexta-feira.

Apoiador de Assange prende cartaz em grade de tribunal em Londres
25/02/2020
REUTERS/Henry Nicholls
Apoiador de Assange prende cartaz em grade de tribunal em Londres 25/02/2020 REUTERS/Henry Nicholls
Foto: Reuters

A advogada Jennifer Robinson disse que observou uma reunião de 2017 na qual a ex-deputada republicana Dana Rohrabacher e Charles Johnson, conhecido por ter laços estreitos com a campanha de Trump, fizeram a oferta.

Robinson disse que Assange foi informado de que Trump aprovou a reunião e que Rohrabacher se encontraria mais tarde com o presidente para debater a reação ao acordo proposto.

Ela disse que o acordo foi apresentado a Assange como uma solução "boa para todos" que lhe permitiria "retomar sua vida", e em troca também beneficiaria Trump politicamente.

"A proposta apresentada pela deputada Rohrabacher foi que o senhor Assange identificasse a fonte das publicações da eleição de 2016 em troca de alguma forma de indulto", disse Robinson em um depoimento à corte.

Durante a campanha presidencial norte-americana de 2016, o WikiLeaks publicou uma série de emails do Comitê Nacional Democrata que se mostraram prejudiciais para a então candidata democrata, Hillary Clinton. A inteligência dos EUA acredita que os emails foram roubados virtualmente pela Rússia como parte de seu esforço para influenciar a eleição.

A Rússia negou interferência, e Trump negou qualquer conluio de sua campanha com Moscou. Um inquérito do procurador especial norte-americano Robert Mueller não determinou se membros da campanha de Trump conspiraram com a Rússia durante a eleição.

O australiano Assange, de 49 anos, está lutando para evitar ser enviado aos EUA, onde foi acusado de conspirar para invadir computadores do governo e violar uma lei de espionagem com a divulgação de mensagens diplomáticas confidenciais pelo WikiLeaks em 2010 e 2011.

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