'Time' elege jornalistas como 'Personalidade do Ano'
Revista norte-americana homenageou os "guardiões" da informação
A revista norte-americana "Time" elegeu jornalistas assassinados ou em perigo como "Personalidade do Ano" de 2018.
A lista dos "guardiões" da informação na "guerra contra a verdade" inclui Jamal Khashoggi, torturado e morto pela monarquia da Arábia Saudita no consulado do país em Istambul, e os birmaneses Wa Lone e Kyaw Soe Oo, condenados a sete anos de prisão em Myanmar por revelarem as perseguições do Exército contra a minoria muçulmana rohingya.
Além disso, a "Time" homenageou a filipina Maria Ressa, crítica da violenta guerra às drogas promovida pelo presidente Rodrigo Duterte e acusada em um caso de fraude fiscal que ameaça o futuro de seu site, o "Rappler"; e o jornal norte-americano "Capital Gazette", palco de um tiroteio com cinco mortos em junho passado - o autor do crime, Jarrod Ramos, perseguia o diário por causa de uma matéria sobre uma condenação por stalking.
"Estudando as opções para 2018, nos pareceu claramente que a manipulação e o abuso da verdade foram o denominador comum de tantas das grandes histórias do ano", disse o diretor da revista, Edward Felsenthal. O segundo colocado na lista foi o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à frente do procurador que investiga membros de sua campanha por um suposto conluio com a Rússia, Robert Mueller.