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Taiwan diz que China pode bloquear seus maiores portos e vê ameaça "grave"

9 nov 2021 - 09h57
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As Forças Armadas da China são capazes de bloquear os principais portos e aeroportos de Taiwan, disse o Ministério da Defesa da ilha nesta terça-feira, apresentando sua avaliação mais recente do que descreve como uma ameaça militar "grave" de sua vizinha gigante.

Caça de fabricação taiwanesa durante exercício militar em Taichung, em Taiwan
16/07/2020 REUTERS/Ann Wang
Caça de fabricação taiwanesa durante exercício militar em Taichung, em Taiwan 16/07/2020 REUTERS/Ann Wang
Foto: Reuters

A China jamais renunciou ao uso da força para submeter a democrática Taiwan ao seu controle e está intensificando sua atividade militar ao redor da ilha, inclusive enviando aviões de guerra com frequência à zona de defesa aérea taiwanesa.

Em um relatório que emite a cada dois anos, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que a China lançou o que qualificou como uma guerra de "zona cinzenta", citando 554 "intrusões" de aviões de guerra chineses no teatro de operações de sua zona de defesa aérea no sudoeste entre setembro do ano passado e o final de agosto.

Analistas militares dizem que a tática almeja derrotar Taiwan pelo cansaço, noticiou a Reuters no ano passado.

Ao mesmo tempo, o Exército de Libertação Popular chinês está pretendendo finalizar a modernização de suas forças até 2035 para "obter superioridade em possíveis operações contra Taiwan e capacidades viáveis para conter forças estrangeiras, o que representa uma ameaça grave à nossa segurança nacional", disse o ministério de Taiwan.

"No momento, o Exército de Libertação Popular é capaz de realizar um bloqueio local conjunto contra nossos portos e aeroportos críticos e nossas rotas de voos de partida, cortar nossas linhas de comunicação terrestres e marítimas e impactar o fluxo de nossos suprimentos militares e recursos de logística", disse a pasta.

A China vê Taiwan como parte do território chinês. Seu Ministério da Defesa não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

A presidente da ilha, Tsai Ing-wen, diz que Taiwan já é um país independente e promete defender sua liberdade e sua democracia.

Tsai prioriza o fortalecimento das defesas de Taiwan, prometendo produzir mais armas desenvolvidas domesticamente, inclusive submarinos, e comprar mais equipamentos dos Estados Unidos, seus principais fornecedores de armas e apoiadores internacionais.

Em outubro, Taiwan relatou 148 aviões da Força Aérea chinesa no teatro do sul e do sudoeste de sua zona de defesa aérea durante um período de quatro dias, uma escalada dramática da tensão bilateral.

O aumento recente de exercícios militares da China na zona de defesa de identificação aérea de Taiwan é parte do que a ilha vê como uma estratégia de assédio planejada cuidadosamente.

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