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Suprema Corte da Espanha delibera a favor de transferência dos restos mortais de Franco

24 set 2019 - 09h03
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A Suprema Corte espanhola deliberou nesta terça-feira a favor da exumação e transferência dos restos mortais de Francisco Franco para fora do mausoléu público em que está enterrado desde 1975, o que pode encerrar uma controvérsia de décadas sobre o local de sepultamento do ex-ditador.

Manifestantes protestam do lado de fora da Suprema Corte da Espanha contra sepultamento de Francisco Franco em catedral de Madri
24/09/2019
REUTERS/Juan Medina
Manifestantes protestam do lado de fora da Suprema Corte da Espanha contra sepultamento de Francisco Franco em catedral de Madri 24/09/2019 REUTERS/Juan Medina
Foto: Reuters

A decisão deve permitir ao governo do socialista Pedro Sánchez dar continuidade aos planos de deslocar os restos mortais de Franco do Vale dos Caídos para uma tumba familiar em um cemitério público nos arredores de Madri.

Franco, que governou a Espanha de sua vitória na Guerra Civil de 1936-39 até sua morte em 1975, ainda é um assunto delicado no país.

Há tempos os socialistas tentam transformar o Vale dos Caídos em um memorial para as vítimas da guerra civil, provocada por Franco, na qual cerca de 500 mil pessoas foram mortas.

Cerca de 34 mil mortos estão enterrados no local, incluindo aqueles que lutaram pelo derrotado lado republicano e cujos corpos foram transferidos para o memorial durante a ditadura de Franco sem a permissão das respectivas famílias.

"A Quarta Seção da Terceira Câmara concordou unanimamente em negar por completo a apelação feita pela família de Francisco Franco no que diz respeito à exumação de Francisco Franco acordada pelo governo", disse o tribunal em comunicado.

Os familiares do ditador apelaram contra a exumação e os planos governamentais de mover os restos mortais para o cemitério de Él Pardo. Em caso de transferência, a família gostaria que fossem enviados para a catedral de Almudena, adjacente ao Palácio Real, no centro de Madri, junto à sua filha.

Em dezembro, um relatório do governo informou que a catedral apostólica romana não era adequada devido a questões de segurança.

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