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Sociais-democratas da Alemanha começam a votar sobre acordo de coalizão com Merkel

20 fev 2018 - 08h53
(atualizado às 10h20)
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Membros do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) começaram a votar nesta terça-feira para decidir se a legenda deve formar uma nova coalizão com os conservadores da chanceler Angela Merkel por meio de uma eleição pelo correio que pode privar a líder alemã de um quarto mandato.

Chanceler Angela Merkel durante coletiva de imprensa em Berlim, Alemanha
16/02/2018 REUTERS/Hannibal Hanschke
Chanceler Angela Merkel durante coletiva de imprensa em Berlim, Alemanha 16/02/2018 REUTERS/Hannibal Hanschke
Foto: Reuters

Se os quase 500 mil membros do SPD rejeitarem o acordo, uma nova eleição ou um governo de minoria na maior economia da Europa são prováveis. Ambos seriam inéditos na Alemanha do pós-guerra, que está sem um governo formal há quase cinco meses.

O resultado da votação do SPD, que vai até 2 de março, é uma incógnita e será anunciado em 4 de março. Pesquisas indicam que a maioria dos eleitores do SPD aceita o acordo, mas na ausência de qualquer sondagem interna não fica claro se seus membros se sentem da mesma maneira.

A liderança do partido e muitos membros do alto escalão querem a coalizão, mas também existe uma oposição forte a ela dentro do SPD. A sigla atingiu um recorde negativo nas pesquisas de opinião e está envolvida em uma troca de liderança complicada na esteira de um desentendimento pessoal entre o ex-líder Martin Schulz e o ministro das Relações Exteriores, Sigmar Gabriel.

Opositores do acordo culpam o papel de seu partido na "grande coalizão" de 2013-17 por seu pior desempenho desde a Segunda Guerra Mundial na eleição de 24 de setembro.

Uma pesquisa da empresa Insa divulgada na segunda-feira mostrou que o apoio ao SPD caiu para 15,5 por cento, abaixo dos 16 por cento do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) pela primeira vez.

Em janeiro uma pequena maioria de delegados do SPD, reunidos em um congresso especial, endossou o início de conversas formais sobre uma coalizão com Merkel.

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