Senador polonês tenta desligar microfone de repórter durante entrevista e gera polêmica
O caso ocorreu depois que a repórter questionou o envolvimento da Polônia em possíveis tentativas de negociação de paz na guerra na Ucrânia
Senador polonês Wojciech Skurkiewicz tentou desligar o microfone de uma repórter durante entrevista, gerando debate sobre liberdade de imprensa e sendo denunciado ao Comitê de Ética Parlamentar.
A interação entre um senador polonês e uma repórter da TVP Info reacendeu o debate sobre a liberdade de imprensa no país. Durante uma entrevista nos corredores da câmara baixa do Parlamento, na quinta-feira, 11, o senador Wojciech Skurkiewicz tentou desligar o microfone da jornalista Justyna Dobrosz-Oracz.
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O caso ocorreu depois que a repórter questionou o envolvimento da Polônia em possíveis tentativas de negociação de paz na guerra na Ucrânia. Nesse momento, o senador se aproximou abruptamente do pescoço da repórter para tentar desligar ou retirar o microfone preso à jaqueta dela.
Ele chegou a afirmar: “Vou desligar seu microfone”. As imagens foram registradas pela TVP Info e circulam nas redes sociais.
Surpresa, Justyna Dobrosz-Oracz pediu imediatamente que o senador não a tocasse. Mesmo assim, ele insistiu em desligar o microfone, fazendo com que a repórter se afastasse e repetisse: “Por favor, não viole a minha integridade pessoal”.
Dłuższa wersja nagrania TVP Info z Sejmu. Wojciech Skurkiewicz powiedział Justynie Dobrosz Oracz, by nie zachowywała się jakby miała "orzeszek w głowie". Dziennikarka zripostowała, że "PiS traci, bo myślicie, że jak kogoś się obrazi to wygracie". pic.twitter.com/2KXu3XbZyy
— Goniec.pl (@GoniecPL) December 10, 2025
O membro do Parlamento Europeu, Krzysztof Brejza, anunciou no X que está submetendo o comportamento do senador ao Comitê de Ética do Parlamento. “Apresentei uma moção ao Comitê de Ética do Senado contra W. Skurkiewicz. Seu comportamento agressivo é intolerável. Devemos reagir com rigor contra políticos do PiS que ultrapassam os limites da violência. Isso é inaceitável!”, escreveu o parlamentar.