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Rússia se diz preocupada com apoio dos EUA à oposição na Venezuela

16 jan 2019 - 12h18
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O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira que a Rússia está preocupada com o discurso dos Estados Unidos sobre uma possível opção militar norte-americana para a Venezuela, e acusou Washington de apoiar a oposição no país para impedir negociações com o governo.

Ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov 16/01/2019 REUTERS/Maxim Shemetov
Ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov 16/01/2019 REUTERS/Maxim Shemetov
Foto: Reuters

Lavrov afirmou, durante coletiva de imprensa anual, que a abordagem dos Estados Unidos frente à Venezuela mostra a continuidade dos esforços dos EUA para enfraquecer governos a que se opõem ao redor do mundo.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem indicado apoio a um líder de oposição na Venezuela, aumentando a pressão contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que está no início de um controverso segundo mandato.

Em 2017, Trump disse não descartar uma "opção militar" para pôr fim ao que vê como um caos econômico na Venezuela, aliada próxima da Rússia, em comentários amplamente criticados.

Os Estados Unidos também têm criticado Moscou por mandar voos militares à Venezuela, repreensões que o Kremlin tem rejeitado.

Nesta semana, o Congresso venezuelano, liderado pela oposição, declarou Maduro um "usurpador" do poder, enquanto os EUA estão considerando reconhecer o líder do Parlamento, Juan Guaidó, como o presidente legítimo do país, segundo duas fontes com conhecimento do assunto.

Na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que Washington, que já impôs sanções contra Maduro e diversos de seus aliados próximos, apoia a ação da oposição.

"Nós parabenizamos, reconhecemos e apoiamos a coragem da Assembleia Nacional da Venezuela de declarar formalmente Maduro um 'usurpador' da democracia e de transferir as responsabilidades executivas à Assembleia Nacional", escreveu Pompeo no Twitter.

Durante o final de semana, Pompeo chamou o governo de Maduro de ilegítimo e disse que os Estados Unidos irão trabalhar com países que compartilham da mesma opinião na América Latina para restaurar a democracia na Venezuela.

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