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Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre uso de armas químicas

7 mai 2024 - 15h01
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Rússia e Ucrânia se acusaram mutuamente no órgão global de controle de armas químicas em Haia de usar toxinas proibidas no campo de batalha, informou a organização nesta terça-feira.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) disse que as acusações eram "insuficientemente fundamentadas", mas acrescentou: "A situação permanece volátil e extremamente preocupante em relação ao possível ressurgimento do uso de produtos químicos tóxicos como armas".

Rússia e Ucrânia não solicitaram formalmente à OPAQ que investigasse o suposto uso de armas químicas, afirmou.

Andriy Sybiha, primeiro vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, disse que discutiu o uso de munição química pela Rússia no campo de batalha com o diretor da OPAQ, Fernando Arias, nesta terça-feira.

Sybiha informou Arias sobre a ratificação parlamentar de um acordo que "abre oportunidades para a organização de visitas de assistência técnica da OPAQ à Ucrânia", disse o ministério em um comunicado.

Na semana passada, os Estados Unidos disseram que a Rússia havia violado a proibição internacional de armas químicas supervisionada pela OPAQ ao usar o agente asfixiante cloropicrina contra tropas ucranianas e ao utilizar agentes de controle de distúrbios "como método de guerra" na Ucrânia.

Isso se seguiu às afirmações ucranianas em abril de que a Rússia havia aumentado o uso de gás lacrimogêneo nas trincheiras.

O Estado-Maior da Ucrânia disse em um comunicado no início deste mês que suas Forças Armadas registraram 1.891 casos de uso pela Rússia de "munição equipada com substâncias químicas perigosas" no ano até abril.

A Rússia negou as alegações de violação da Convenção sobre Armas Químicas.

Em documentos publicados no site da OPAQ, Moscou acusou Kiev de usar "uma ampla gama de produtos químicos tóxicos contra militares e funcionários públicos russos", incluindo fertilizantes, pesticidas e outras toxinas proibidas.

A OPAQ disse que vem monitorando a situação desde fevereiro de 2022, quando Moscou invadiu a Ucrânia.

De acordo com a Convenção sobre Armas Químicas, qualquer produto químico tóxico usado com o objetivo de causar danos ou morte é considerado uma arma química.

"É contra a Convenção usar agentes de controle de distúrbios em guerra no campo de batalha. Se usados como um método de guerra, esses agentes são considerados armas químicas e, portanto, são proibidos pela Convenção", afirmou a OPAQ.

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