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Reator nuclear na China é monitorado por possível vazamento

14 jun 2021 - 19h05
(atualizado às 20h32)
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A empresa nuclear francesa Framatome anunciou, nesta segunda-feira (14), que está acompanhando "a evolução de um dos parâmetros de funcionamento" da central de Taishan, no sul da China. O monitoramento é feito depois que a TV americana CNN informou uma "ameaça radioativa iminente".

Reator nuclear na China é monitorado por possível vazamento
Reator nuclear na China é monitorado por possível vazamento
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Em comunicado divulgado à agência AFP, a companhia informou que está trabalhando para resolver um "problema de desempenho", acrescentando que, "segundo aos dados disponíveis, a planta está operando dentro dos parâmetros de segurança".

"A nossa equipe está a trabalhar com especialistas competentes para avaliar a situação e propor soluções para resolver qualquer problema potencial", diz a nota.

Um dos reatores EPR da usina nuclear de Taishan, no sul da China, registrou "um aumento na concentração de alguns gases nobres no circuito primário", de acordo com a Framatome, subsidiária da gigante do setor energético EDF.

A informação está contida em uma carta enviada ao Departamento de Energia dos Estados Unidos. A CNN, porém, revela um possível "vazamento" nesta central, que conta com dois reatores EPR de tecnologia francesa.

A EDF, um dos grupos que participaram da construção da usina, "foi informada do aumento da concentração de alguns gases nobres no circuito primário do reator número um da usina nuclear de Taishan".

O circuito primário é um circuito selado que contém água pressurizada, que se aquece no tanque do reator em contato com os elementos combustíveis. Entre os gases ditos "nobres" ou raros, estão o argônio, o hélio, o criptônio, o argônio ou o néon, de baixa reatividade química.

"A presença de alguns gases nobres no circuito é um fenômeno conhecido, estudado e previsto pelos procedimentos de gerenciamento de reatores", especificou a EDF.

Segundo a CNN, as autoridades de segurança chinesas detectaram limites "aceitáveis" de radiação fora do local para evitar a suspensão da usina.

A China General Nuclear Power Group (CGN), empresa que administra a central, disse que os indicadores ambientais dentro e ao redor da planta são normais, sem fazer referência à CNN. "A unidade 1 da planta de Guangdong está operando normalmente e a unidade 2 foi reconectada à rede na semana passada após uma reforma", disse a empresa em um comunicado.

Até o momento, os dois reatores de Taishan são os únicos reatores da EPR em funcionamento no mundo. Outras unidades desse tipo estão sendo construídas na Finlândia, na França e no Reino Unido.

Ansa - Brasil   
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