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Presidente da Colômbia nega extradição de venezuelanos

23 ago 2022 - 16h54
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, deixou claro nesta terça-feira (23) que seu país "garante o direito de asilo e refúgio" e negou o pedido de Caracas de extraditar opositores políticos do governo de Nicolás Maduro para a Venezuela.

    Em mensagem publicada no Twitter, o líder colombiano respondeu a pergunta aberta feita pelo vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), Diosdado Cabello, que solicitou a prisão e extradição de opositores venezuelanos encontrados no território colombiano.

    Estes cidadãos foram rotulados como "assassinos" e "ladrões" pelo governo de Caracas. "Várias pessoas que estão lá e cuja Venezuela está buscando a extradição são presas e enviadas à Venezuela por crimes cometidos contra nosso país", disse Cabello em entrevista coletiva.

    Embora o vice-presidente do Psuv não tenha citado ninguém diretamente, ele assegurou que há vários opositores do partido governista venezuelano que vivem na Colômbia e que devem ser julgados em ambos os países. "É tudo uma questão, então, de vontade política", acrescentou Cabello explicou que o Ministério Público, o Ministério das Relações Exteriores e "outros órgãos competentes" da Venezuela já adiantaram "as reuniões pertinentes para que essas pessoas que têm contas pendentes com a justiça venham para liquidá-las".

    Petro, por sua vez, rebateu enfatizando que "a Colômbia garante o direito de asilo e refúgio". Vários líderes políticos venezuelanos cruzaram a fronteira quando a situação em seu país se complicou e buscaram asilo no território colombiano, incluindo figuras como Julio Borges, ex-presidente da Assembleia Nacional venezuelana.

    Esta é a primeira "linha vermelha" encontrada pelo presidente colombiano em meio à direção à normalidade das relações diplomáticas entre os dois países.

    A crise diplomática entre as duas nações começou em 2019 quando o líder da oposição, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente da Venezuela e acusou Maduro de fraudar as eleições. O político teve o apoio de cerca de 50 nações, entre as quais, Estados Unidos e a Colômbia. A atitude irritou Caracas, que rompeu as relações de maneira unilateral.

    Agora, com a eleição de Petro, as conversas de alto nível foram retomadas.

Ansa - Brasil   
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