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Polônia assina acordo de compra de mísseis dos EUA por U$4,75 bilhões

28 mar 2018 - 09h18
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A Polônia assinou o maior contrato de compra de armas de sua história nesta quarta-feira, acertando com os Estados Unidos a aquisição do sistema de defesa de mísseis Patriot da empresa Raytheon por 4,75 bilhões de dólares para modernizar suas forças e fazer frente a uma Rússia cada vez mais assertiva.

Sistema de mísseis Patriot das Forças de Autodefesa do Japão, em Tóquio 29/082017 REUTERS/Issei Kato
Sistema de mísseis Patriot das Forças de Autodefesa do Japão, em Tóquio 29/082017 REUTERS/Issei Kato
Foto: Reuters

"É um momento extraordinário, histórico, é a entrada da Polônia em um mundo novo de tecnologia de ponta, armamento moderno e meios defensivos", disse o presidente polonês, Andrzej Duda, durante a cerimônia de assinatura do contrato.

Membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Polônia vem intensificando seus esforços para atualizar seus armamentos em reação à anexação pela Rússia da península ucraniana da Crimeia em 2014 e à assertividade militar e política renovada de Moscou na região. Dois terços de seu arsenal são dos tempos em que o país pertencia ao Pacto de Varsóvia, dominado pelos russos.

O acordo para aquisição dos mísseis Patriot traz alívio à Polônia, cujas relações com Washington, sua maior parceira na Otan, continuam tensas por causa de um projeto de lei apresentado em janeiro que determina penas de prisão para qualquer insinuação de cumplicidade polonesa no Holocausto.

Os EUA dizem que o projeto de lei subverte a liberdade de expressão, e autoridades de Israel sustentam que ele equivale a uma negação do Holocausto, uma acusação que Varsóvia rejeita.

O pacto firmado nesta quarta-feira contempla quatro unidades de disparo de mísseis Patriot, e os poloneses estão negociando com Washington para comprar mais sistemas Patriot, um novo radar de 360 graus e um míssil interceptador de baixo custo em uma segunda fase de desenvolvimento.

"Realmente esperamos que Polônia agilize a Fase II. Eles têm um desejo expresso de completá-la até o final do ano", disse Wes Kremer, presidente da Raytheon Integrated Defense Systems, à Reuters em uma entrevista por telefone antes da assinatura.

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