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Mundo

Ofensiva turca contra curdos na Síria já matou 80, diz ONG

Ancara iniciou combates para expulsar o PKK de Afrin

22 jan 2018 - 18h58
(atualizado às 22h14)
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A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (Sohr, na sigla em inglês) denunciou nesta segunda-feira (22) que cerca de 80 pessoas, entre civis e milicianos, morreram em Afrin, no noroeste do país árabe, desde o início da ofensiva da Turquia contra curdos na região, no último sábado (20).

Ofensiva turca contra curdos na Síria já matou 80, diz ONG
Ofensiva turca contra curdos na Síria já matou 80, diz ONG
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A região é controlada pelo Partido da União Democrática (PYD), braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado uma organização terrorista por Ancara. O governo turco alega que a zona de Afrin, perto da fronteira entre os dois países, é árabe, mas foi tomada por curdos em meio aos conflitos na Síria.

Segundo a Sohr, o balanço de vítimas inclui 24 civis, incluindo dois menores de idade e uma mulher. Entre os milicianos mortos estão 26 membros do PYD e 19 combatentes árabe-sírios cooptados pela Turquia. Outros nove cadáveres não foram identificados.

Ancara e suas milícias já abriram três frentes de batalha contra o PYD: ao norte, ao noroeste e ao sudoeste de Afrin. Nesta segunda-feira, os Estados Unidos pediram para a Turquia realizar suas ações militares e sua retórica "com moderação" para evitar vítimas civis.

A ofensiva terrestre, chamada "Ramo de Oliveira", conta com o aval da Rússia, parceira de Ancara na construção do gasoduto Turkish Stream, que transportará gás russo por meio do Mar Negro até a fronteira com a Grécia.

Na linha de frente do lado curdo dos combates está a milícia Unidade de Proteção Popular (YPG), que conquistou territórios nos conflitos contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Os curdos foram peça-chave na guerra contra o EI e receberam treinamento e armamentos de países ocidentais.

Por conta disso, Erdogan quer afastar o PYD das fronteiras turcas e conter o crescente poder curdo na Síria.

Ansa - Brasil   
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