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Mundo

MP do Japão pede revogação da liberdade condicional de Ghosn

Executivo brasileiro fugiu para o Líbano, onde tem cidadania

31 dez 2019 - 12h06
(atualizado às 12h48)
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O Ministério Público do Japão pediu à Corte Distrital de Tóquio a revogação da liberdade condicional concedida ao executivo brasileiro Carlos Ghosn, que fugiu para o Líbano no último fim de semana.

Carlos Ghosn é acusado de fraude fiscal no Japão
Carlos Ghosn é acusado de fraude fiscal no Japão
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O ex-presidente da Renault, da Nissan e da Mitsubishi havia sido libertado sob fiança em abril passado, com a condição de permanecer em sua casa em Tóquio, que era vigiada por uma câmera de segurança.

Ghosn é acusado no Japão de fraude fiscal ao supostamente ter subnotificado rendimentos e se apropriado de recursos da Nissan. Além disso, é suspeito de ter desviado US$ 5 milhões de uma subsidiária da montadora japonesa em Omã.

O brasileiro alega inocência e diz ser vítima de um "complô" por parte de outros dirigentes da Nissan. Em função do escândalo, Ghosn foi demitido da presidência da empresa e da Mitsubishi e renunciou ao comando da Renault - as três montadoras formam uma aliança automotiva.

Ainda não se sabe como o executivo conseguiu chegar ao Líbano - país do qual também é cidadão -, e a imprensa japonesa diz que não há indícios de sua partida na base de dados da alfândega. Já a Direção de Segurança Geral libanesa divulgou um comunicado afirmando que Ghosn entrou no país "legalmente".

O Japão não tem acordo de extradição com o Líbano. Por meio de seus advogados, o executivo declarou que fugiu para "evitar uma injustiça e perseguição política". Uma emissora de TV libanesa, a MTV, citando fontes anônimas, veiculou que Ghosn conseguiu escapar escondido em uma mala para instrumentos musicais.

Ansa - Brasil   
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