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Ministros da Defesa da Otan discutem em Bruxelas resposta conjunta após intrusões de drones russos

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realiza nesta quarta-feira (15) sua primeira reunião ministerial desde o último encontro político em junho, quando os países aliados se comprometeram coletivamente a aumentar os gastos com defesa. Na pauta, o acompanhamento desses compromissos e, sobretudo, o que a aliança pretende fazer diante das crescentes ameaças russas na Europa.

15 out 2025 - 12h39
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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realiza nesta quarta-feira (15) sua primeira reunião ministerial desde o último encontro político em junho, quando os países aliados se comprometeram coletivamente a aumentar os gastos com defesa. Na pauta, o acompanhamento desses compromissos e, sobretudo, o que a aliança pretende fazer diante das crescentes ameaças russas na Europa.

Franck Alexandre, da RFI em Paris, com agências

Os ministros da Defesa da Otan analisam em Bruxelas formas de reforçar a resposta diante das recentes intrusões de drones russos em territórios de países membros da aliança, vistas como um teste do Kremlin à capacidade de reação dos aliados. "Fizemos aquilo para o que estamos treinados e funcionou. Porém, precisamos de mais", resumiu nesta semana o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.

Em setembro, quase 20 drones russos invadiram o espaço aéreo da Polônia, levando a Otan a derrubar três deles - algo inédito desde a fundação da aliança militar em 1949. Dias depois, caças da Otan escoltaram três jatos russos para fora do espaço aéreo da Estônia, após uma incursão de 12 minutos.

Diante de um cenário de tensão permanente causado pela guerra na Ucrânia, diversos países exigem mais ações e recursos para enfrentar esse tipo de incidente. Segundo fontes diplomáticas, a Otan trabalha com uma proposta que visa simplificar protocolos e conceder maior flexibilidade ao comando militar.

Fortalecer a postura defensiva

A Otan está sob pressão: é necessário ir além na resposta, endurecer a postura, aumentar a capacidade de dissuasão? "A postura da Otan já está se adaptando, vimos isso com as incursões de drones na Polônia e os sobrevoos de aeronaves na Estônia. Uma operação foi criada rapidamente, a operação 'Eastern Sentry'", explica o capitão Antoine Frenais de Coutard, chefe do departamento de Relações Transatlânticas da Otan, em entrevista à RFI.

"Também houve uma reação política forte. O que é certo é que há uma conscientização muito forte, tanto no nível político quanto no militar, da necessidade de dar mais corpo a essa postura que chamamos em inglês de 'Deterrence and Defense', que é a capacidade de dissuadir um potencial adversário de ameaçar nossos interesses na Aliança", afirma.

Fortalecer essa postura defensiva significa, em primeiro lugar, revisar as regras de engajamento e conceder ao comando militar maior flexibilidade para reagir no tempo certo. Um modelo semelhante ao francês, onde a Força Aérea tem delegação para garantir o cumprimento da lei nos céus com os meios que julgar necessários.

Mas esse não é o caso da Alemanha. No âmbito da União Europeia, Berlim defende a criação de um "muro antidrone". A Otan se mostra favorável à ideia, mas as discussões são intensas. Diversas vozes, especialmente francesas, preferem mais forças armadas e tropas, em vez de projetos de longo prazo.

"Não creio que o principal problema seja um muro antidrone, mas sim ter meios de defesa terra-ar, ter artilharia. Precisamos nos rearmar", insiste o senador francês Cédric Perrin, membro da Comissão de Defesa do Parlamento.

É evidente que as incursões de drones feitas pelos russos em países como Dinamarca, Polônia, Romênia e outros são uma forma de testar os europeus, testar nossa capacidade de defesa

"Temos forças, mas agora precisamos avançar juntos e mostrar ao [presidente russo Vladimir] Putin que não somos fracos. Como muitos, acredito que, uma vez terminada a guerra na Ucrânia, e esperamos que o mais rápido possível, Putin terá dois ou três anos para se rearmar, e não está excluído que, se nos considerar fracos, possa avançar sobre os países bálticos: Letônia, Lituânia, Estônia, e continuar o que começou na Ucrânia", conclui o senador.

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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