Sydney recebe 2026 homenageando vítimas do ataque em Bondi
Sydney, na Austrália, celebrou a chegada de 2026 com um espetáculo de fogos de artifício sob forte presença policial, poucas semanas após o ataque mortal cometido por homens armados na famosa praia de Bondi durante um encontro para a festa judaica de Hanukkah.
As celebrações anuais de Ano Novo em Sydney são mundialmente conhecidas pelos fogos de artifício espetaculares, com 40 mil efeitos pirotécnicos distribuídos por sete quilômetros, iluminando prédios e balsas ao longo do porto, incluindo a icônica Harbour Bridge e a Ópera.
Mas, este ano, a festa foi diferente: os organizadores observaram um minuto de silêncio às 23h, horário local, em homenagem às vítimas do ataque de 14 de dezembro, enquanto a Harbour Bridge se iluminava e uma menorá - símbolo tradicional do judaísmo - era projetada em seus pilares.
O ataque chocou o mundo, quando um pai e seu filho abriram fogo contra participantes de uma celebração da festa judaica de Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, matando 15 pessoas.
Considerado o atentado mais grave no país desde 1996, o massacre reacendeu temores sobre o crescimento do antissemitismo e levou as autoridades a reforçar a segurança para as festividades de fim de ano.
"Após um fim de ano trágico para nossa cidade, esperamos que o réveillon seja a ocasião para nos reunirmos e olharmos com esperança para um 2026 pacífico e feliz", declarou a prefeita de Sydney, Clover Moore, antes do evento.
As festividades tradicionais de Natal em Bondi foram mais discretas desta vez, e vários eventos de Ano Novo previstos para a praia foram cancelados.
Segurança reforçada
Cerca de 3 mil policiais, alguns armados com fuzis, foram mobilizados na cidade durante as principais celebrações, que normalmente atraem mais de um milhão de pessoas.
"Devemos demonstrar resistência diante deste crime terrível e dizer que não nos deixaremos intimidar por este tipo de terrorismo, e que não mudaremos nossa forma de viver em nossa bela cidade", afirmou na quarta-feira o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns.
Com agências
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