Migrantes do 'Alan Kurdi' serão distribuídos para 4 países
Embarcação pertencente à ONG alemã Sea Eye desembarcará em Malta
O governo de Malta anunciou neste sábado (13) que quatro países da União Europeia - Alemanha, França, Portugal e Luxemburgo - concordaram em receber os 64 imigrantes a bordo do navio Alan Kurdi, da ONG alemã Sea Eye, após 10 dias à espera de um porto.
De acordo com o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, os deslocados desembarcarão em seu país, mas serão transferidos para os outros países porque Malta não "pode suportar esse fardo". "Foi encontrada uma solução para não permitir que a situação se deteriorasse ainda mais", ressaltou o governo em nota. A embarcação resgatou os deslocados internacionais no último dia 3 de abril, na costa da Líbia, e se dirigiu a Lampedusa, ilha italiana situada no Mediterrâneo Central. O navio ficou navegando em zigue-zague na fronteira das águas territoriais da Itália, mas foi impedido de atracar pelo ministro do Interior da Itália e vice-premier, Matteo Salvini. O governo italiano até chegou a autorizar o desembarque de duas crianças, de suas mães e de uma mulher grávida, mas elas não quiseram se separar dos maridos. Salvini comemorou a notícia em sua conta no Twitter. "Excelentes notícias! Como prometido, nenhum imigrante a bordo do navio Alan Kurdi chegará à Itália. Eles serão transferidos para outros países europeus, começando pela Alemanha, que é o país dessa ONG", escreveu. O vice-premier italiano ainda ressaltou que as ONGs "não podem ignorar as leis" e parabenizou Malta por denunciar a "pressão indevida e perigosa" das organizações. As regras internacionais determinam que pessoas resgatadas no mar devem ser levadas ao porto seguro mais próximo. No entanto, a Itália defende que os migrantes, nesses casos, sejam transportados de volta à Líbia.
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