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Macron não convidou presidente do Irã para cúpula do G7, diz diplomata

7 ago 2019 - 12h35
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O presidente do Irã, Hassan Rouhani, não foi convidado para a cúpula do G7 neste mês, disse um diplomata francês nesta quarta-feira, negando uma reportagem publicada no momento em que líderes europeus buscam uma maneira de desarmar um confronto em ebulição entre Teerã e Washington.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani
15/06/2019
REUTERS/Mukhtar Kholdorbekov
O presidente do Irã, Hassan Rouhani 15/06/2019 REUTERS/Mukhtar Kholdorbekov
Foto: Reuters

O funcionário reagia a uma reportagem do Al-Monitor segundo a qual o presidente da França, Emmanuel Macron, convidou Rouhani para a cúpula em Biarritz para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Rouhani rejeitou a proposta, segundo a reportagem.

França, Reino Unido e Alemanha trabalharam durante meses para salvar o acordo nuclear firmado por potências mundiais com o Irã, que está à beira do colapso desde que Trump desfiliou os EUA no ano passado.

O Irã reagiu a novas sanções norte-americanas pensadas para estrangular seu comércio de petróleo recuando de alguns de seus compromissos de limitar suas atividades nucleares, como acertado no acordo - conhecido oficialmente como Plano de Ação Conjunto Abrangente, ou JCPoA -, em troca da suspensão de sanções econômicas multilaterais.

"A prioridade é o Irã aderir às suas obrigações nucleares", disse o diplomata francês à Reuters.

O primeiro vice-presidente iraniano, Eshaq Jahangiri, disse que Macron e Rouhani "debateram muitas questões" durante um telefonema.

Na quinta-feira, Rouhani disse que seu país está preparado para o pior em uma batalha cada vez mais difícil para preservar o acordo nuclear, mas que Teerã acabará prevalecendo.

São crescentes os temores de uma guerra no Oriente Médio com repercussões globais devido ao acirramento do impasse entre EUA e Irã. Lidar com a crise será um dos focos da cúpula do G7 entre os dias 24 e 26 de agosto.

Na segunda-feira, o Reino Unido participou de uma missão de segurança marítima com os EUA no Golfo Pérsico para proteger navios mercantes que atravessam o Estreito de Ormuz depois que o Irã respondeu a sanções dos EUA ao seu comércio de petróleo apreendendo uma embarcação com bandeira britânica.

A disputa a respeito do navio-tanque envolveu Londres nas diferenças diplomáticas sobre o Irã existentes entre os grandes signatários europeus do pacto e Washington.

O grupo E3, composto por França, Reino Unido e Alemanha, está tentando adotar o Instex, uma ferramenta comercial baseada em trocas, na relação com o Irã, mas um mecanismo iraniano equivalente ainda não foi estabelecido. Autoridades iranianas vêm repetindo que o Instex precisa incluir as vendas de petróleo ou oferecer facilidades de crédito substanciais para ser benéfico.

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