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Macron encerra visita à China pedindo mais cooperação global diante de rupturas internacionais

Nesta sexta-feira (5), Emmanuel Macron fez um apelo em favor do multilateralismo durante uma visita à cidade de Chengdu, na província de Sichuan, acompanhado por Xi Jinping. A presença do presidente chinês foi vista como uma recepção particularmente atenciosa, já que ele raramente acompanha visitantes fora de Pequim.

5 dez 2025 - 08h33
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A viagem também foi a ocasião para Xi Jinping destacar a importância que Pequim atribui a Paris em suas relações com a União Europeia.

Emmanuel Macron e Xi Jinping EM Chengdu, em 5 de dezembro de 2025.
Emmanuel Macron e Xi Jinping EM Chengdu, em 5 de dezembro de 2025.
Foto: AFP - SARAH MEYSSONNIER / RFI

O presidente francês começou o dia surpreendendo outros corredores no parque Jincheng Lake, como mostraram vídeos divulgados nas redes sociais chinesas.

Em seguida, juntou-se a Xi Jinping em Dujiangyan, uma pequena cidade situada a 50 km de Chengdu, que abriga numerosas barragens permitindo a irrigação de três milhões de hectares nas férteis planícies do Sichuan, segundo a mídia oficial chinesa.

A construção do sistema de irrigação de Dujiangyan, inscrito no patrimônio mundial da Unesco, começou no século III a.C.

O líder francês realiza sua quarta visita oficial à China desde 3 de dezembro, em um contexto de tensões entre Pequim e a União Europeia, num momento em que a ascensão chinesa transforma as relações comerciais, de segurança e diplomáticas globais.

Falando diante dos estudantes da Universidade de Chengdu, que o receberam com entusiasmo, Emmanuel Macron lançou um apelo em favor do multilateralismo.

"Para fazer a paz, para construir a prosperidade de amanhã, para tentar vencer as revoluções tecnológicas, climáticas, demográficas, seria necessário mais cooperação", destacou o presidente francês.

"Estamos em um momento de ruptura de nossa ordem internacional e o mundo que havíamos construído após a Segunda Guerra Mundial, baseado no que chamamos de multilateralismo e, portanto, na cooperação entre as potências, está se fissurando, se fraturando, para não dizer que já está se fragmentando novamente", lamentou Macron.

Cooperação franco-chinesa

Enfatizando que França e China têm um interesse comum em "defender esse multilateralismo eficaz para enfrentar os desafios contemporâneos", Emmanuel Macron pediu aos estudantes chineses que não cedessem às tentações da divisão do mundo.

"Há muitas pessoas que vão dizer a vocês que a Europa é velha, que a Europa ou que os países mais ricos, aqueles que encontramos no G7, são arrogantes, já ricos, que há um Norte que despreza o Sul. Tudo isso são narrativas, invenções", disse.

"Fizemos nosso planeta avançar, da China à França, sempre que soubemos cooperar, com respeito mútuo, com consideração", acrescentou.

Emmanuel Macron e Xi Jinping assinaram na quinta-feira 12 acordos de cooperação, abrangendo investimentos bilaterais, energia nuclear, envelhecimento da população e a proteção dos pandas.

Nenhum grande acordo comercial foi concluído durante a visita oficial. Xi Jinping, em particular, não validou uma encomenda de 500 aviões da Airbus, aguardada há muito tempo, cuja concretização poderia enfraquecer Pequim em suas negociações comerciais com os Estados Unidos, que por sua vez pressionam para obter novos compromissos de compras da Boeing.

Falando à imprensa ao final de sua visita a Chengdu, Emmanuel Macron destacou que discutiu especialmente com seu homólogo chinês a necessidade de um "reequilíbrio econômico" entre a União Europeia e a China, incluindo o aumento dos investimentos diretos chineses em setores estratégicos na Europa, especialmente tecnológicos, bem como a eliminação das restrições às exportações de ambas as partes.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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