Lula volta a citar genocídio em Gaza e diz na ONU que atentando terrorista do Hamas é indefensável
Presidente do Brasil abriu debate de líderes mundiais na 80ª Assembleia Geral da Organização da ONU
Lula, na Assembleia da ONU, reafirmou críticas ao "genocídio" em Gaza, condenou ataques do Hamas e defendeu o fim da guerra no Oriente Médio.
Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o fim da guerra no Oriente Médio. O brasileiro ressaltou, mais uma vez, que o que acontece na Faixa de Gaza é "genocídio". "Este massacre não aconteceria sem a cumplicidade de todos”, disse Lula.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Embora tenha adotado uma posição pró-Palestina e de críticas a Israel desde o início do conflito, Lula condenou os atos terroristas do Hamas. O tom da crítica pode ter sido uma resposta do petista às críticas de opositores que o acusavam de defender a Palestina e não criticar o Hamas.
"Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Absolutamente nada justifica o genocídio em curso em Gaza. Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes”, disse Lula.
No discurso, Lula ainda fez um aceno ao povo judeu. “Em Gaza, fome é usado como arma de guerra e o deslocamento forçado de populações é praticado impunemente. Quero expressar minha admiração aos judeus que, dentro e fora de Israel, se opõem a esta punição coletiva", afirmou Lula.
Segundo o governo brasileiro, a paz, segurança e a estabilidade no Oriente Médio passa pela implementação de um Estado da Palestina, independente e viável, coexistindo lado a lado como Estado de Israel, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como capital.
"[Sem o Estado da Palestina], o povo palestino corre o risco de desaparecer”, acrescentou Lula.