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Líderes dos EUA, Reino Unido, Alemanha e Ucrânia se reúnem em Paris em meio a críticas de Zelensky

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou na quinta-feira (17) que o raro encontro entre autoridades de política externa dos EUA e enviados britânicos, alemães e ucranianos foi uma "oportunidade importante para chegar a um consenso" sobre o conflito na Ucrânia, em meio a tensões entre Washington e os europeus. Por sua vez, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou o enviado do governo dos EUA, Steve Witkoff, interlocutor de Moscou nas negociações de cessar-fogo, de ter "adotado a estratégia russa" e também denunciou a China por "fornecer armas" à Rússia, aumentando ainda mais suas críticas a Pequim.

17 abr 2025 - 14h40
(atualizado às 14h49)
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O presidente francês Emmanuel Macron afirmou na quinta-feira (17) que o raro encontro entre autoridades de política externa dos EUA e enviados britânicos, alemães e ucranianos foi uma "oportunidade importante para chegar a um consenso" sobre o conflito na Ucrânia, em meio a tensões entre Washington e os europeus. Por sua vez, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou o enviado do governo dos EUA, Steve Witkoff, interlocutor de Moscou nas negociações de cessar-fogo, de ter "adotado a estratégia russa" e também denunciou a China por "fornecer armas" à Rússia, aumentando ainda mais suas críticas a Pequim.

O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff (centro à esquerda), e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (centro), encontram-se com as delegações ucraniana, alemã, britânica e francesa no Palácio do Eliseu, em Paris, quinta-feira, 17 de abril de 2025.
O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff (centro à esquerda), e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (centro), encontram-se com as delegações ucraniana, alemã, britânica e francesa no Palácio do Eliseu, em Paris, quinta-feira, 17 de abril de 2025.
Foto: © Ludovic Marin / AP / RFI

"Acredito que todos querem a paz, certamente, e uma paz robusta e duradoura", disse Macron no início do encontro em Paris, durante um dia marcado por discussões sobre o conflito entre Ucrânia e Rússia, notadamente na presença do chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, e de Steve Witkoff, enviado especial de Donald Trump

Por usa vez, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou na quinta-feira o enviado governo dos EUA, Steve Witkoff, interlocutor de Moscou nas negociações de cessar-fogo, de ter "adotado a estratégia russa" e "espalhado narrativas russas". 

"Acho que o Sr. Witkoff adotou a estratégia do lado russo. Acho isso muito perigoso, porque ele está, consciente ou inconscientemente, espalhando narrativas russas", disse Zelensky em uma coletiva de imprensa. 

Steve Witkoff é o principal contato do presidente russo Vladimir Putin nas negociações para resolver o conflito na Ucrânia. Os dois homens se encontraram três vezes desde fevereiro, e o mais recente foi na semana passada, na Rússia. 

O governo Donald Trump vem mantendo conversas separadas com altos funcionários russos e ucranianos há várias semanas com o objetivo de encontrar uma solução para a guerra na Ucrânia. No entanto, essas discussões ainda não resultaram no fim dos combates, o que causou frustração no líder americano nos últimos dias.

Segundo o Palácio do Eliseu, um novo encontro entre americanos, ucranianos, franceses, britânicos e alemães será marcado na próxima semana em Londres.

Acusações contra a China 

Na quinta-feira, Volodymyr Zelensky também acusou a China de "fornecer armas" à Rússia e participar da "produção de certas armas" em território russo, ampliando suas críticas a Pequim. 

"Finalmente recebemos informações de que a China está fornecendo armas para a Rússia (...) acreditamos que representantes chineses estejam envolvidos na produção de certas armas em território russo", disse Zelensky na entrevista coletiva. O ucraniano não deu mais detalhes sobre suas acusações, mas se referiu à "pólvora e artilharia", prometendo dizer mais "na semana que vem". 

A Ucrânia anunciou na semana passada que havia capturado dois cidadãos chineses que estavam lutando com o exército russo, e Zelensky já havia acusado a China de estar "envolvida" no conflito, acusações denunciadas como "infundadas" por Pequim. O presidente ucraniano também garantiu que "várias centenas" de cidadãos chineses estão lutando nas unidades do exército russo na Ucrânia. 

A China se apresenta como parte neutra e uma potencial mediadora neste conflito, mas continua sendo uma importante aliada política e econômica da Rússia, a ponto de o Ocidente tê-la chamado de "facilitadora decisiva" do ataque russo - que Pequim nunca condenou. 

A China é acusada de ajudar a Rússia a contornar as sanções ocidentais, permitindo que Moscou adquira os componentes tecnológicos necessários para a produção de armas de guerra. 

(Com AFP)

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