Jovem é morto a tiros em manifestação em Burkina Faso
Segundo a oposição, cerca de 30 pessoas foram mortas em uma semana. União Europeia pediu ao Exército que respeite os direitos da população
Um jovem burquinense foi morto a tiros, neste domingo à tarde, perto do prédio da Radiotelevisão Nacional, em Uagadugu, onde soldados tentaram dispersar centenas de manifestantes, anunciou o Exército, acrescentando que ele teria sido alvo de "uma bala perdida".
O Exército não divulgou a identidade da vítima, nem deu detalhes sobre o episódio.
Segundo a oposição, cerca de 30 pessoas foram mortas em uma semana, desde a deflagração dos confrontos e das manifestações violentas que abalaram o país e levaram à queda do presidente Blaise Compaoré.
Fontes hospitalares confirmaram que há pelo menos seis mortos, dois deles a tiros, e seis feridos, também a bala.
Neste domingo, a União Europeia (UE) pediu ao Exército de Burkina Faso que respeite os direitos fundamentais da população.
"Em um momento crucial para o futuro do país, apelamos, em particular, para o senso de responsabilidade de todas as forças militares e de segurança, de modo que elas garantam a segurança da população, assim como os direitos fundamentais dos burquinenses, incluindo o de se manifestar pacificamente", declarou o serviço diplomático do bloco, em um comunicado.
"Apoiamos claramente os esforços da comunidade internacional, sobretudo, o trabalho da missão comum UA/CEDEAO/ONU (União Africana, Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) para facilitar o processo em curso e estamos prontos para contribuir", completou a UE.