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Itália recomenda vacina da AZ apenas para maiores de 60 anos

7 abr 2021 - 17h35
(atualizado às 17h59)
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As autoridades sanitárias da Itália recomendaram nesta quarta-feira (7) o uso da vacina anti-Covid da Universidade de Oxford e da AstraZeneca apenas para maiores de 60 anos, mas garantiram que qualquer pessoa que quiser poderá receber o imunizante.

Ministro da Saúde, Roberto Speranza, fez reunião com autoridades
Ministro da Saúde, Roberto Speranza, fez reunião com autoridades
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Considerando os dados de letalidade (do coronavírus) que confirmam que as vítimas são majoritariamente idosas, a ideia para a Itália é recomendar o uso preferencial a partir dos 60 anos", afirmou o presidente do Conselho Superior de Saúde, Franco Locatelli.

Segundo ele, a Itália não tem "evidências para desencorajar a administração da segunda dose" do imunizante para aqueles que já receberam a primeira. E, de acordo com o comissário para a pandemia, Francesco Figliuolo, não há casos de trombose após a aplicação da segunda ampola.

A decisão foi tomada durante reunião entre as autoridades de Saúde e os governos regionais e anunciada em coletiva de imprensa. Entre os presentes estavam Locatelli, o diretor-geral da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), Nicola Magrini, o diretor-geral de Prevenção do Ministério da Saúde, Gianni Rezza, e o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza.

A recomendação é feita após a agência de medicamentos da União Europeia (EMA) afirmar que casos "incomuns" de trombose devem ser listados como efeitos colaterais "muito raros" da vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 da AstraZeneca.

De acordo com a avaliação, esses casos podem ocorrer até duas semanas após a vacinação e, até agora, a maioria dos relatos diz respeito a mulheres de até 60 anos de idade.

Durante a coletiva, Magrini explicou que a Aifa tem trabalhado com a EMA para avaliar esses eventos raros, principalmente porque uma análise dos dados confirmou uma "relação plausível" que gerou um sinal de alarme "muito preciso".

"Muitos medicamentos no mercado têm efeitos colaterais frequentes ou mais frequentes. São situações imprevisíveis. A decisão foi tomada por precaução, mas a vacina pode ser aplicada em todos os grupos populacionais", confirmou o diretor da Aifa.

O ministro da Saúde, por sua vez, garantiu que o plano de vacinação será mantido e uma circular com a nova recomendação será disponibilizada para todas as regiões.

Inicialmente, a Itália limitava o uso da vacina da AstraZeneca a pessoas com menos de 65 anos e, em 8 de março, o Ministério da Saúde disse que também poderia ser administrada a maiores de 65 anos.

Nas últimas semanas, diversos países suspenderam ao mesmo tempo o uso do imunizante. A maioria, porém, retomaram a utilização, mas algumas nações, incluindo França, Holanda e Alemanha, estabeleceram uma idade mínima para seu uso.

Locatelli afirmou que a Espanha também decidiu estabelecer uma idade mínima. O Reino Unido, por sua vez, recomendou que pessoas menores de 30 anos não recebam o imunizante, enquanto que a Bélgica bloqueou a administração em menores de 56.

Por fim, o infectologista Anthony Fauci afirmou que os Estados Unidos não precisam da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, mas isso ?não representa uma acusação? contra o medicamento.

Em entrevista à CNN, o médico explicou que não planeja usar o imunizante porque já existem ?três excelentes vacinas no país? e já possuem doses suficientes para aplicar nos cidadãos americanos.

Ansa - Brasil   
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