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Israelense refém do grupo Hamas por dois meses relata ter sofrido violência sexual

Ela foi a primeira vítima a contar em primeira pessoa os crimes sexuais que o grupo terrorista cometeu contra suas vítimas

27 mar 2024 - 20h15
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Ela foi libertada em 30 de novembro
Ela foi libertada em 30 de novembro
Foto: The New York Times / Perfil Brasil

Uma mulher israelense, que foi mantida como refém pelo Hamas na Faixa de Gaza por 54 dias, afirmou ter sido vítima de violência sexual durante o sequestro. Amit Soussana tem 40 anos e deu uma entrevista ao The New York Times para contar os crimes infligidos nela. Ela foi a primeira vítima a contar em primeira pessoa os crimes sexuais que o grupo terrorista cometeu contra os reféns.

Amit foi sequestrada no dia 7 de outubro de 2023, no primeiro ataque do Hamas, que deu início à guerra. Ela morava sozinha no local do bombardeio e, ao ouvir as sirenes indicando ataque, se escondeu no próprio quarto. Ela ouviu barulho de tiros e, logo após os terroristas explodiram sua porta e a levaram.

A mulher só foi liberada no dia 30 de novembro, em uma negociação. Ela contou que, durante o cárcere, foi levada a um local onde ficava presa em um quarto ao lado de crianças e acorrentada. Às vezes, o homem responsável pela vigia do quarto, entrava no local, levanta sua blusa e a tocava.

Ela estava em seu período menstrual e o homem perguntou repetidamente quando seu ciclo terminaria. Ela relatou que fingiu ainda estar menstruando durante uma semana após o fim.

Por volta do dia 24 de outubro, Amit contou que ele a levou para um banheiro, para que se lavasse. Ali, após ela tomar banho, ele a apalpou e a agrediu. Com uma arma na cabeça, ela foi conduzida a um quarto. Naquele local, ele a forçou a ter relações sexuais com ele.

De acordo com o The New York Times, os relatos de Amit são consistentes com a descrição que ela fez aos dois médicos e um assistente social após ser libertada. Os relatórios dos profissionais de saúde entraram em detalhes na natureza do ato sexual, mas isso não foi revelado.

Amit teve medo de não ser libertada

Quando Amit foi liberta, saiu com outros 105 reféns. Enquanto estava sequestrada, ela foi gravada pelo Hamas e fingiu ser bem tratada. A israelense revelou que fez isso por medo de não ficar livre novamente.

Agora, ela afirma que resolveu falar porque quer que todos saibam as condições em que os reféns que permanecem nas mãos do grupo terrorista estão. A estimativa é de mais de cem reféns ainda presos.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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