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Israel repreende enviados de Irlanda, Noruega e Espanha por movimento sobre Palestina

23 mai 2024 - 10h30
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Israel repreendeu os embaixadores de Irlanda, Noruega e Espanha nesta quinta-feira por causa do plano de seus governos de reconhecer um Estado palestino, disseram autoridades israelenses, desprezando a iniciativa como uma tentativa de "ressuscitar... políticas antigas e fracassadas".

Ao anunciar, na quarta-feira, que reconheceriam um Estado palestino em 28 de maio, os três países europeus disseram que queriam ajudar a garantir o fim da devastadora ofensiva de Israel em Gaza e retomar as negociações de paz que foram paralisadas há uma década.

Os motivos para o impasse incluem a ascensão do grupo islâmico Hamas, que governa Gaza e busca a destruição de Israel, e a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada pelo governo israelense de extrema-direita, que se recusa a ceder aos palestinos.

A guerra, desencadeada por uma onda de assassinatos e sequestros transfronteiriços em 7 de outubro por homens armados do Hamas, aumentou a violência na Cisjordânia e reduziu ainda mais o interesse israelense na diplomacia de paz.

"Se Israel aprendeu alguma coisa nos últimos meses é que nossos filhos merecem um futuro melhor e mais seguro - não a ressurreição de políticas antigas e fracassadas criadas por formuladores cegos no exterior", disse o porta-voz do governo Avi Hyman.

"O reconhecimento de um Estado palestino não promove a paz. Ele perpetua a guerra", afirmou ele aos repórteres. "Qualquer tipo de suposta solução para o conflito israelense-palestino que comprometa a segurança de Israel não significa paz. Não haverá compromisso algum com nossa segurança."

Os três enviados foram convocados para o Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém, onde lhes foi mostrado um vídeo inédito do Hamas levando mulheres em cativeiro, segundo as autoridades.

Israel também convocou seus próprios embaixadores em Dublin, Oslo e Madri para consultas.

Algumas outras potências ocidentais afirmam que o reconhecimento de um Estado palestino deve seguir as negociações.

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