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Irã insatisfeito, Putin no telão e recados de Lula: o primeiro dia do Brics no Rio

Pela primeira vez grupo cita ataques específicos em território russo desde a invasão à Ucrânia, em 2022

7 jul 2025 - 22h45
(atualizado em 7/7/2025 às 09h50)
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Lula recebe líderes do Brics para foto oficial nos jardins do MAM, no Rio.
Lula recebe líderes do Brics para foto oficial nos jardins do MAM, no Rio.
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

A declaração oficial da cúpula do Brics, reunida no Rio, neste domingo, 6, teve uma divergência. O Irã decidiu reafirmar sua histórica oposição à existência do Estado de Israel, e o apoio a um Estado Palestino único. A divergência foi enviada em uma nota, que a diplomacia costuma considerar uma explicação de voto em separado.

Ao apresentar a nota, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, formalmente deixou de impedir uma declaração de consenso entre o Brics, o que seria um sinal de mais desacordo ainda no grupo e um fracasso diplomático para o Brasil.

Também neste domingo, os líderes de países do Brics afirmaram condenar ataques realizados contra o Irã e a Rússia, dois membros plenos do bloco, na declaração oficial da cúpula. É a primeira vez que o Brics cita ataques específicos em território russo desde a invasão à Ucrânia, em 2022, tema sobre o qual o grupo também não concordou novamente.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, inclusive, discursou remotamente na Cúpula do Brics, no Rio, ao vivo de Moscou, por meio de videoconferência. Ele também acompanhou outras falas. Porém, o governo brasileiro decidiu não transmitir ao vivo publicamente a fala de Putin e dos demais chefes de Estado, de governo e de delegações presentes ao Rio para o Brics.

Em acenos políticos a Rússia e Irã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste domingo, dia 6, diretamente duas instituições globais na abertura da Cúpula do Brics. O petista mirou na Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a quem acusou de "instrumentalização".

O presidente atacou recente decisão dos países da Otan que, pressionados por Donald Trump, acordaram elevar para um patamar de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) os respectivos investimentos em defesa. Antes, o patamar era de 2%, embora nem todos o cumprissem, o que motivou reclamações de Trump para que contribuíssem mais e até ameaças de deixar o grupo.

Já, ao se referir aos bombardeios de Israel e dos EUA na guerra contra o Irã, o petista invocou um argumento de Teerã, segundo o qual a agência da ONU que supervisiona o programa nuclear iraniano estaria a serviço do Ocidente. O Irã rompeu temporariamente a colaboração com a AIEA.

Estadão
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