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Irã corta quatro zeros da moeda nacional e anuncia fim de cooperação com AIEA

A moeda nacional do Irã, o rial, atingiu mínimos históricos nos últimos dias, em meio ao restabelecimento das sanções internacionais das Nações Unidas. Esse cenário de forte desvalorização, que penaliza drasticamente a economia, levou o Parlamento iraniano a aprovar neste domingo (5) um projeto de lei para a remoção de quatro zeros da moeda. Teerã também corta a cooperação com AIEA.

5 out 2025 - 08h41
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A moeda nacional do Irã, o rial, atingiu mínimos históricos nos últimos dias, em meio ao restabelecimento das sanções internacionais das Nações Unidas. Esse cenário de forte desvalorização, que penaliza drasticamente a economia, levou o Parlamento iraniano a aprovar neste domingo (5) um projeto de lei para a remoção de quatro zeros da moeda. Teerã também corta a cooperação com AIEA.

A decisão de mudar a moeda ocorre uma semana após o restabelecimento das sanções da ONU, que haviam sido suspensas há dez anos. Dados do mercado negro mostram a extensão da crise cambial. No domingo, um dólar estava sendo negociado a cerca de 1.115.000 riais, um aumento dramático em relação aos 920.000 riais observados no início de agosto, quando o projeto de reforma foi apresentado pela primeira vez.

O objetivo da reforma é simplificar as transações, estabelecendo que 10.000 riais atuais equivalerão a um novo rial. Embora a medida tenha sido aprovada pelos legisladores, ela ainda exige a aprovação do Conselho de Guardiães (órgão encarregado da fiscalização das leis) e a assinatura do presidente Massoud Pezeshkian para formalmente entrar em vigor. O texto prevê um período de transição máxima de três anos, durante o qual as duas versões do rial circulariam simultaneamente.

Na vida cotidiana, muitos iranianos já utilizam o toman, uma denominação informal que retira um zero do valor em rial. A medida, no entanto, causa confusão até entre a população.

Suspensão da cooperação com AIEA 

Em um movimento diretamente ligado à pressão das sanções internacionais restauradas, o Irã declarou que a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "não é mais pertinente".

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmou neste domingo que, com o retorno das sanções da ONU relacionadas ao programa nuclear iraniano, "novas decisões devem ser tomadas". Araghchi indicou que, sob o cenário atual, o acordo do Cairo — um pacto concluído no mês passado entre o Irã e a AIEA para definir sua cooperação — "não é mais pertinente".

As sanções internacionais foram restauradas depois que a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha (signatárias do acordo nuclear de 2015) acionaram no mês passado o mecanismo "snapback" para restaurar as sanções internacionais, citando o não-cumprimento da República Islâmica.

Em julho, o Irã já havia suspendido toda a colaboração com o órgão fiscalizador nuclear da ONU após os bombardeios de locais nucleares iranianos em junho, que foram realizados por Israel e pelos Estados Unidos durante uma guerra de 12 dias.

Com AFP

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