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Hospital de Roma separa gêmeas siamesas de 7 meses

Meninas do Burundi estavam unidas pela região sacral

21 dez 2017 - 16h23
(atualizado às 17h41)
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O hospital pediátrico Bambino Gesù (Menino Jesus), situado em Roma, capital da Itália, e administrado pela Igreja Católica, realizou uma bem sucedida cirurgia de separação em gêmeas siamesas originárias do Burundi, pequeno país da África Subsaariana.

Francine e Adrienne, as gêmeas de sete meses separadas após cirurgia de 12 horas em Roma
Francine e Adrienne, as gêmeas de sete meses separadas após cirurgia de 12 horas em Roma
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

As meninas Francine e Adrienne têm sete meses de idade, estavam unidas pela região sacral, no fim da coluna vertebral, e compartilhavam a medula espinhal e o reto, porção final do intestino grosso. A intervenção, feita em 30 de novembro, durou 12 horas e envolveu quatro equipes e 25 pessoas, sob coordenação de Pietro Bagolan, diretor do departamento de cirurgia neonatal do hospital.

É apenas a terceira vez na história que o Bambino Gesù faz uma cirurgia bem sucedida de separação de gêmeos siameses, sendo que a primeira ocorreu no início da década de 1980, e a segunda, em outubro passado, em duas meninas da Argélia unidas pelo tórax e pelo abdome.

A operação fez parte do programa de missões humanitárias do hospital pediátrico da Santa Sé, que atendeu cerca de 100 casos de todo o mundo nos últimos dois anos. A preparação para a cirurgia levou três meses, e cada etapa da intervenção foi estudada e planejada com auxílio de impressoras e ressonâncias 3D.

Entre as várias tipologias de gêmeos siameses, os casos de união pela parte posterior do corpo são alguns dos mais raros, totalizando apenas 1% do total. Em 75% das vezes, as crianças não sobrevivem sob essa condição.

"O desafio dessa intervenção foi separar a medula espinhal sem sacrificar as várias raízes nervosas, reconstruir rapidamente o saco dural para evitar a perda de líquido espinhal e recriar a área reto-anal, mantendo o funcionamento do esfíncter", explicou Bagolan.

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Ansa - Brasil   
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