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Harvard rejeita exigências de Trump e tem US$ 2,2 bi congelados

Obama elogiou decisão de universidade contra governo republicano

15 abr 2025 - 10h09
(atualizado às 13h36)
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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última segunda-feira (14) o congelamento de cerca de US$ 2,2 bilhões em subsídios e contratos com a Universidade de Harvard.

A decisão foi tomada após a instituição afirmar que não vai cumprir as exigências da gestão do republicano para alterar suas políticas, como encerrar seus programas de inclusão e equidade, colocando em risco quase US$ 9 bilhões em financiamento federal.

Na semana passada, a universidade recebeu uma carta de uma força-tarefa da Casa Branca, que delineou condições políticas adicionais para "manter o relacionamento financeiro de Harvard com o governo federal".

Isso inclui a eliminação dos programas de diversidade, equidade e inclusão de Harvard, a proibição de máscaras durante protestos no campus, a reforma da contratação e admissão com base no mérito e a redução do poder do corpo docente e dos administradores "que estão mais engajados no ativismo do que na pesquisa acadêmica".

"O presidente Trump está trabalhando para tornar o ensino superior excelente novamente, acabando com o antissemitismo desenfreado e garantindo que os fundos dos contribuintes federais não financiem o apoio de Harvard à discriminação racial perigosa ou à violência motivada por racismo", disse um porta-voz da Casa Branca em comunicado.

Para a gestão, as manifestações contra a guerra na Faixa de Gaza no ano passado foram movidas por antissemitismo. "Harvard ou qualquer instituição que busque violar" as medidas "é, por lei, inelegível para receber financiamento federal", defendeu.

A administração Trump tem ameaçado inúmeras faculdades nos Estados Unidos com cortes de financiamento, em troca das mudanças nas políticas escolares. Harvard, porém, é a primeira universidade de elite a rejeitar as exigências da Casa Branca.

Em resposta, o presidente de Harvard, Alan M. Garber, enfatizou que não aceitará o acordo proposto, porque "a Universidade não abrirá mão de sua independência ou de seus direitos constitucionais".

"Harvard deu o exemplo para outras instituições de ensino superior, rejeitando uma tentativa ilegítima e equivocada de reprimir a liberdade acadêmica, ao mesmo tempo em que tomou medidas concretas para garantir que todos os alunos de Harvard possam se beneficiar de um ambiente de respeito mútuo", afirmou o ex-presidente dos EUA Barack Obama, dizendo esperar que "outras instituições sigam o exemplo". 

Ansa - Brasil
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