PUBLICIDADE

Mundo

Governo italiano se divide sobre postura com Venezuela

Salvini pediu queda de Maduro, porém M5S adotou tom diplomático

24 jan 2019 - 19h58
(atualizado às 20h40)
Compartilhar
Exibir comentários

O governo da Itália decidiu adotar a linha da prudência em relação à crise na Venezuela, evitando apoiar explicitamente um lado ou outro. Declarações dos dois partidos da coalizão, no entanto, deixaram claro que há divisões sobre a questão.

Protesto contra Nicolás Maduro em Santiago, no Chile
Protesto contra Nicolás Maduro em Santiago, no Chile
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"Estou com o povo venezuelano e contra regimes como aquele de Maduro, fundado na violência, no medo e na fome. Quanto antes cair, sem mais confrontos, melhor", escreveu no Twitter o ministro do Interior e vice-premier Matteo Salvini, da ultranacionalista Liga, em um raro momento de não-alinhamento com a Rússia.

Por sua vez, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), outro partido da coalizão governista, disse que "o princípio da não-ingerência é sagrado". "Qualquer que seja nossa visão, de Maduro, do chavismo e das relações políticas na América Latina, as mudanças na Venezuela devem ocorrer em um contexto político, democrático e não-violento", afirmou o subsecretário de Relações Exteriores Manlio Di Stefano, falando pelo partido.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte manteve a mesma linha e expressou "forte preocupação pelo risco de uma escalada da violência". "Estamos próximos ao povo venezuelano e ao lado da coletividade italiana no país. Desejo um percurso democrático e que respeite a liberdade de expressão e a vontade popular", disse.

A Itália não reconheceu oficialmente a legitimidade do autoproclamado presidente Juan Guaidó.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade