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Família conta como menino de 13 anos escondeu irmãos em massacre no México

6 nov 2019 - 19h00
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Depois de ver homens armados matarem a tiros sua mãe e dois irmãos, Devin Langford, de 13 anos, escondeu seis irmãos sobreviventes em arbustos próximos e caminhou por quilômetros em uma extensão acidentada do norte do México para obter ajuda.

Parentes observam um carro queimado onde alguns familiares foram mortos em Bavispe
05/11/2019
REUTERS/Jose Luis Gonzalez
Parentes observam um carro queimado onde alguns familiares foram mortos em Bavispe 05/11/2019 REUTERS/Jose Luis Gonzalez
Foto: Reuters

O relato angustiante foi dado por membros de três famílias mórmons mexicanas-americanas que sofreram um ataque brutal na segunda-feira por supostos assassinos do cartel de drogas, que mataram três mulheres e seis crianças e provocaram indignação e condenação nos Estados Unidos.

As famílias, membros de comunidades mórmons que se estabeleceram no norte do México décadas atrás, foram atacadas ao passarem por uma estrada de terra remota no Estado de Sonora.

Após o ataque, Devin, que não estava ferido, partiu sozinho em terreno acidentado e montanhoso, caminhando 23 quilômetros para procurar ajuda, disseram as famílias em comunicado.

"Depois de testemunhar que sua mãe e irmãos foram mortos a tiros, o filho de Dawna (Langford), Devin, escondeu seus seis outros irmãos nos arbustos e os cobriu com galhos para mantê-los seguros enquanto procurava ajuda", acrescentou. Por 11 horas, os parentes não tinham ideia do que havia acontecido com seus entes queridos.

As três mães e 14 crianças estavam em três veículos que saíram de uma pequena vila em Sonora para se encontrar com parentes no Estado vizinho de Chihuahua e em Phoenix, Arizona.

Os assassinatos provocaram pedidos imediatos do presidente norte-americano, Donald Trump, para que o México una forças com os Estados Unidos para reprimir as quadrilhas de traficantes em meio a preocupações crescentes com a segurança, após uma série de assassinatos em massa nas últimas semanas.

Na defensiva, o México rebateu pedindo ao governo dos EUA que ajude a interromper o fluxo de armas ao sul da fronteira.

O ministro da Segurança, Alfonso Durazo, ressaltou que cartuchos Remington de origem norte-americana foram encontrados na cena do crime.

"Esse é um dos detalhes mais relevantes que podemos dar", disse ele a repórteres em entrevista coletiva na quarta-feira.

Nenhuma explicação oficial foi dada para as mortes, embora o governo mexicano tenha dito que as vítimas podem ter sido pegas no fogo cruzado de uma sangrenta guerra de território entre um braço do Cartel de Sinaloa e seu rival, o Cartel de Juárez.

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