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Europa

"Europa já não é o centro do mundo", diz premiê da Grécia

Tsipras ressaltou que "a UE deve voltar a seus princípios de solidariedade e justiça social"

19 jun 2015 - 10h14
(atualizado às 13h46)
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Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante encontro em Atenas.   16/06/2015
Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante encontro em Atenas. 16/06/2015
Foto: Alkis Konstantinidis / Reuters

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, disse nesta sexta-feira que está na Rússia no meio das negociações de seu país com os credores porque a Europa já não é o centro do mundo

"Depois da crise de 2008, o mundo é diferente. Na Europa tínhamos a ilusão de que éramos o centro do mundo, cooperando só com nossos vizinhos diretos. Mas o centro do mundo mudou de lugar, há novas forças em nível político e econômico. As relações internacionais adquirem um caráter multipolar", disse Tsipras.

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Ao discursar no plenário do Fórum Econômico de São Petersburgo, o primeiro-ministro grego ressaltou que "a UE deve voltar a seus princípios de solidariedade e justiça social".

"O assim chamado problema grego não é um problema grego, mas um problema europeu e se resume em se a UE será capaz de recuperar sua essência de solidariedade e justiça social", disse Tsipras sobre a negociação com os credores.

O chefe do governo grego qualificou a política econômica de "apertar o cinto" imposto por Berlim e Bruxelas como "um caminho que não leva a lugar algum".

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"Estamos no meio de uma tempestade, mas somos um povo que sabe conduzir o mar e a tempestade não nos assusta, nem a possibilidade de descobrir novos oceanos e chegar a portos mais seguros", afirmou o premiê grego sobre as pressões que recebe seu país e seu governo de seus parceiros europeus.

Tsipras, que definiu seu país como "um histórico amigo da Rússia", também se referiu à crise da Ucrânia e às sanções adotadas pela UE contra a Rússia.

"A crise na Ucrânia abriu uma ferida no coração da Europa, uma ferida de instabilidade. E é um mau sinal para as relações internacionais, porque começaram na região processos que levam à guerra, a militarização e as sanções. Este círculo vicioso de sanções deve ser quebrado o mais rápido possível", destacou.

EFE   
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