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Europa

Rússia condena Stalin por massacre de Katyn

26 nov 2010 - 20h31
(atualizado às 21h09)
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A Assembleia Nacional da Rússia (Duma) aprovou nesta sexta-feira uma declaração que reconhece que o massacre de 22 mil oficiais poloneses na floresta de Katyn, entre 1940 e 1941, foi realizado por ordem direta de Josef Stalin e outros dirigentes soviéticos e condena o então ditador por tê-lo ordenado.

O presidente polonês, Bronislaw Komorowski, elogiou a declaração da Duma, bem como o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, que, no entanto, disse que Varsóvia ainda espera uma postura parecida por parte do Kremlin. A declaração aprovada pelo Parlamento russo ocorre dias antes da visita oficial do presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, à Polônia, prevista para o dia 6 de dezembro.

"É um sinal importante", avaliou o presidente do Parlamento polonês, Grzegorz Schetyna, que expressou seu desejo de que o fato sirva de ponto de partida para uma mobilização sobre o massacre. "É preciso comemorar porque, pouco a pouco, os assuntos difíceis e dolorosos entre Rússia e Polônia estão sendo resolvidos", disse o líder do sindicato Solidariedade, organização sindical independente do Partido Comunista, Lech Walesa.

As autoridades soviéticas sempre apontaram os nazistas como responsáveis pela morte dos milhares de oficiais poloneses. Só em 1989 o último dirigente soviético, Mikhail Gorbachov, admitiu a responsabilidade da União Soviética pelos episódios em Katyn (Rússia). Em 1992, o então presidente russo, Boris Yeltsin, entregou a seu colega polonês, Lech Walesa, documentos que provavam o massacre dos 22 mil militares poloneses.

EFE   
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