Rebelde sírio diz que acordo entre EUA e Rússia prejudica oposição
O líder da oposição síria, chefe do Conselho Militar Supremo, disse neste sábado que o acordo entre Estados Unidos e Rússia para eliminar as armas químicas do regime é um golpe contra a revolta de dois anos e meio que tenta derrubar o presidente Bashar al-Assad.
O general Selim Idris disse que o acordo permitirá que Assad se livre da prisão pelas mortes de centenas de milhares de civis no ataque químico em Damasco em 21 de agosto. Assad negou ser responsável pelo ataque.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, anunciaram neste sábado um acordo para remover as armas químicas da Síria depois de aproximadamente três dias de conversas em Genebra.
Idris disse que as forças de Assad começaram a mover algumas de suas armas químicas para o Líbano e Iraque nos últimos dias para evitar a possibilidade de uma inspeção da ONU. A informação não pôde ser verificada.
"Dissemos a nossos amigos que o regime começou a mover parte de suas armas químicas para Líbano e Iraque. Dissemos para eles não se enganarem", disse Idris a jornalistas em Istambul.
"Toda essa iniciativa não nos interessa. A Rússia é um parceiro do regime na matança da população síria. Um crime contra a humanidade foi cometido e não há nenhuma menção de responsabilização."
(Reportagem de Khaled Yacoub Oweis)