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Europa

Prostitutas de Zurique deixam as ruas para trabalhar em "garagens do sexo"

19 ago 2013 - 11h04
(atualizado às 11h23)
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Os chamados "sexboxes" têm aparência de garagens e serão instalados em uma zona industrial
Os chamados "sexboxes" têm aparência de garagens e serão instalados em uma zona industrial
Foto: EFE

As prostitutas de Zurique trabalharão a partir da próxima segunda-feira nas novas "garagens do sexo" na periferia da cidade, com o objetivo de eliminar a prostituição popular no centro da cidade, e garantir maior proteção às profissionais do sexo.

Os chamados "sexboxes" têm aparência de garagens e serão instalados em uma zona industrial que será sinalizada com um guarda-chuva vermelho, um símbolo conhecido especialmente na leste europeu para sinalizar zonas de prostituição.

Os clientes, que só poderão entrar de carro e sozinhos, estacionarão seus veículos no local e contratarão seus serviços entre as 19h e as 5h.

Essa medida faz parte da revisão da Lei sobre a Prostituição, ratificada em referendo pela cidadania de Zurique em março de 2012 e que entrou em vigor no princípio deste ano.

A área é uma espécie de avenida em formato circular cercada de vegetação e enfeitada com guirlandas luminosas, e a velocidade máxima permitida será de 10 km/h.

Após entrar no espaço, os clientes poderão negociar com de 30 a 40 prostitutas os preços, entrando em seguida em uma das nove garagens ou em um dos dois cubículos menores que foram instalados para os clientes que preferirem sair de seu veículo.

Essas 11 cabines, parecidas com lava-jatos, são equipadas com banheiros com chuveiros, e contam com um botão de alarme para o caso de a prostituta se sentir em risco.

Além disso, as prostitutas, que precisarão ser maiores de 18 anos e ter uma autorização especial da prefeitura, terão um pavilhão onde poderão descansar, lavar-se ou receber assistência de forma permanente de um ginecologista ou psicólogo.

A área é uma espécie de avenida em formato circular cercada de vegetação e enfeitada com guirlandas luminosas
A área é uma espécie de avenida em formato circular cercada de vegetação e enfeitada com guirlandas luminosas
Foto: EFE

A polícia municipal vigiará para que não haja distúrbios e controlará aos clientes agressivos.

No entanto, com a finalidade de preservar a intimidade e a discrição dos clientes, não haverá vigilância por vídeo nem presença policial permanente, apenas controles esporádicos.

A partir da abertura destes lugares de encontro, só ficarão autorizadas duas zonas dentro da cidade para oferecer serviços sexuais nas ruas, uma no sudeste e a segunda no bairro de Niederdorf, na parte antiga.

Um dos objetivos da iniciativa, que as prostitutas viram com bons olhos por considerar que estarão mais protegidas que nas ruas, era eliminar a prostituição da avenida Sihlquai, junto ao rio Sihl, uma zona residencial e de negócios pelo dia e que pela noite se transformava em uma espécie de "bairro vermelho", onde inclusive havia engarrafamentos de madrugada.

A prostituição é legal na Suíça e o comum nasgrandes cidades é que haja zonas demarcadas onde as profissionais do sexo, previamente registradas, podem exercer seu trabalho.

As autoridades admitiram que precisarão esperar cerca de três meses para comprovar o funcionamento das garagens, quando o reboliço midiático diminuir e os clientes começarem a realmente frequentar.

O governo local investiu cerca de 1,7 milhão de euros na construção das instalações e deverá gastar mais de 500 mil euros anuais em sua manutenção e funcionamento.

EFE   
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