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Europa

Premiê britânico Boris Johnson diz que não vai renunciar

Johnson enfrenta acusações de que ele e seus funcionários fizeram festas durante a pandemia de covid-19

26 jan 2022 - 09h32
(atualizado às 10h02)
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Premiê do Reino Unido, Boris Johnson, em Londres
16/11/2021 Daniel Leal/Pool via REUTERS
Premiê do Reino Unido, Boris Johnson, em Londres 16/11/2021 Daniel Leal/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta quarta-feira, 26, que não renunciará após uma série de supostas festas em seu escritório e residência oficial em Downing Street durante o lockdown da covid-19, mas concordou que os ministros que conscientemente enganam o Parlamento devem renunciar.

Respondendo a perguntas no Parlamento, Johnson foi acusado pelo líder trabalhista da oposição Keir Starmer de mudar sua história em relação as reuniões e quando questionado se ele renunciaria agora, Johnson negou.

Entenda o caso

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está lutando para fortalecer o seu governo, diante da publicação de uma investigação sobre festas com bebidas alcoólicas no coração do Estado britânico durante os lockdowns contra a covid-19.

Johnson, que em 2019 conquistou a mais ampla maioria para os Conservadores em mais de 30 anos, agora está sendo atingindo por escândalos, enfrentando acusações de que ele e seus funcionários fizeram festas durante a pior pandemia em um século e uma nova acusação de discriminação racial em seu partido.

Johnson deu várias explicações sobre as festas: primeiro, disse que nenhuma regra foi quebrada, mas depois pediu desculpas ao povo britânico pela aparente hipocrisia dessas reuniões.

Policiais que protegem a residência oficial de Downing Street foram entrevistados por Sue Gray, funcionária que está conduzindo a investigação sobre as festas e que deve ser publicada até o fim desta semana. Segundo reportagem do jornal Telegraph, citando uma fonte anônima, eles deram evidências "extremamente danosas".

"Johnson perdeu completamente sua autoridade", escreveu Nick Timothy, que serviu como chefe de gabinete em Downing Street sob a antecessora de Johnson, a também conservadora Theresa May, no Telegraph.

"O colapso da autoridade de Johnson está causando uma disfunção política ampla e mais riscos aos Conservadores", disse. "Johnson não é mais popular, ele não é mais poderoso."

Johnson negou a alegação de que lhe foi dito que a reunião em que os convidados deveriam "trazer a própria bebida" durante um lockdown em 20 de maio de 2020 – que ele diz ter pensado se tratar de um evento de trabalho – era inapropriada.

Para desafiar a liderança de Johnson dentro do Partido Conservador, 54 dos 359 parlamentares conservadores precisam escrever cartas de não confiança para o presidente do Comitê de 1922 do partido.

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