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Europa

Por "saúde", presidente do Parlamento da Ucrânia renuncia

22 fev 2014 - 06h55
(atualizado às 06h56)
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O presidente da Rada Suprema, o Parlamento da Ucrânia, Vladimir Ribak, renunciou neste sábado por motivos de saúde, um dia depois que o chefe do Estado, Viktor Yanukovich, assinou um acordo de paz com os líderes da oposição para acabar com a crise que o país vive há três meses. A renúncia de Ribak, justificada por uma doença, foi anunciada pelo vice-presidente da Rada, Ruslan Koshulinski no começo da sessão extraordinária do Parlamento da Ucrânia às 10h locais (5h de Brasília) e da qual não participa o veterano político que já deixou o cargo.

Na última terça-feira, enquanto começavam os distúrbios nas ruas de Kiev e a Rada se reunia em uma sessão ordinária pouco depois de aprovar uma lei de anistia, Ribak sofreu uma crise de hipertensão e teve que ser atendido pelos médicos na própria sede do Legislativo.

Também renunciou ao seu cargo o primeiro vice-presidente da Rada, Igor Kaletnik, anunciou Koshulinski. O porta-voz de Yanukovich na Rada, o deputado governista Yuri Miroshnichenko, pediu que seus colegas parlamentares não tomem decisões importantes sem contar com o Partido das Regiões (PR), que governa o país.

Advertiu que, caso isso ocorra, a Ucrânia correrá o risco de uma divisão. Apenas 23 deputados do PR participam da sessão parlamentar de hoje, na qual compareceram 248 dos 450 parlamentares do Legislativo ucraniano.

Cerca de 30 parlamentares do PR abandonaram a legenda nos últimos quatro dias, desde o início dos trágicos confrontos da terça-feira que, dois dias mais tarde, deixaram um saldo de pelo menos 80 mortes e centenas de feridos entre manifestantes e policiais.

Koshulinski também anunciou que a lei para a restituição da Constituição de 2004, aprovada ontem pelos deputados, foi remetida ao presidente para sua assinatura. Por outro lado, o líder do partido de oposição Udar, Vitali Klitschko, propôs ao Parlamento uma resolução para destituir Yanukovich e motivar assim a imediata convocação de eleições presidenciais antecipadas.

EFE   
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