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Europa

Parlamento macedônio aprova formação de governo interino até novas eleições

19 jan 2016 - 01h09
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O parlamento da Macedônia aceitou nesta segunda-feira a renúncia do primeiro-ministro Nikola Gruevski e a nomeação do deputado conservador Emil Dimitriev como chefe do governo interino, que administrará o país até a realização das eleições antecipadas no dia 24 de abril.

Gruevski renunciou na última sexta-feira para cumprir o acordo alcançado em julho com o partido social-democrata, que foi apoiado pela União Europeia e pelos Estados Unidos, através do qual os conservadores do partido VMRO-DPMNE aceitaram renunciar para encerrar a profunda crise política no país, que dura mais de um ano.

Os integrantes do VMRO-DPMNE, assim como os dois principais partidos da minoria albanesa, a União Democrática para a Integração (BDI) e o Partido Democrático dos Albaneses (DPA), votaram em favor da renúncia de Gruevski e pela formação do novo gabinete dirigido por Dimitriev.

Os conservadores anunciaram que Gruevski será de novo seu candidato no pleito que acontecerá em 24 de abril, como havia sido acordado inicialmente.

Após a renúncia de Gruevski, o principal partido de oposição, a União Social-Democrata da Macedônia (SDSM), se opôs à realização das eleições nessa data alegando que não há tempo para atualizar os censos eleitorais e que não foram implementadas certas medidas para regulamentar a cobertura por parte da imprensa.

No entanto, os outros partidos chegaram a um acordo para marcar as novas eleições. Assim, o SDSM respondeu hoje assegurando que não concorrerá a menos que sejam cumpridas suas duas condições.

Os social-democratas receberam a gestão dos Ministérios do Interior e do Trabalho no governo de transição, mas, como seus ministros estavam ausentes, Dimitriev será o responsável pelas duas pastas até que os novos ministros tomem posse.

A maioria dos deputados também votou favorável à dissolução do parlamento, uma decisão que será concretizada no dia 24 de fevereiro.

Dimitriev, que até agora era deputado pelo partido conservador, ocupou também o cargo de secretário-geral e, em 2008, foi vice-ministro da Defesa.

A crise política teve seu ápice no ano passado, quando o SDSM denunciou a existência de conversas telefônicas que supostamente vinculam vários ministros e o próprio Gruevski em crimes de abuso de poder.

O primeiro-ministro alegou que as conversas tinham sido forjadas e que os social-democratas haviam orquestrado com essa campanha uma operação para derrubar o governo.

A polêmica, no entanto, começou em 2014 quando os social-democratas se negaram a aceitar os resultados das eleições legislativas e acusaram os conservadores de fraude eleitoral, uma denúncia que não foi confirmada pelos observadores internacionais.

EFE   
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