Jovem chinesa é presa por roubo de pepitas de ouro raras em museu de Paris
Uma cidadã chinesa de 24 anos foi indiciada e colocada em prisão preventiva por envolvimento em um roubo de pepitas de ouro, cometido por um grupo organizado, no Museu Nacional de História Natural de Paris. A informação foi divulgada nesta terça-feira (21) pela procuradora Laure Beccuau. O caso é considerado um dos episódios mais impressionantes entre os recentes crimes que têm afetado museus franceses, incluindo o Louvre.
Uma cidadã chinesa de 24 anos foi indiciada e colocada em prisão preventiva por envolvimento em um roubo de pepitas de ouro, cometido por um grupo organizado, no Museu Nacional de História Natural de Paris. A informação foi divulgada nesta terça-feira (21) pela procuradora Laure Beccuau. O caso é considerado um dos episódios mais impressionantes entre os recentes crimes que têm afetado museus franceses, incluindo o Louvre.
Indiciada em 13 de outubro também por associação criminosa, a jovem foi "entregue no mesmo dia pelas autoridades espanholas, que a haviam detido em Barcelona em 30 de setembro, em cumprimento a um mandado de prisão europeu", informou a procuradora de Paris, Laure Beccuau, em comunicado divulgado nesta terça-feira.
O roubo ocorreu na manhã de 16 de setembro, pouco mais de um mês antes do furto espetacular de joias no Louvre, ocorrido no último domingo.
O alerta foi dado por uma funcionária da limpeza, que notou a presença de detritos. Um conservador do museu então constatou o desaparecimento das pepitas de ouro expostas.
Entre os itens desaparecidos estavam pepitas de ouro de grande valor histórico, como as originárias da Bolívia, legadas à Academia de Ciências no século 18; do Ural, oferecida ao museu pelo czar Nicolau I da Rússia em 1833; da Califórnia, descoberta durante a corrida do ouro na segunda metade do século 19; e uma pepita de mais de 5 kg, proveniente da Austrália, encontrada em 1990 — detalhou a procuradora Laure Beccuau.
Valor histórico e científico "inestimável"
Ao todo, foram cerca de 6 kg de ouro, com prejuízo estimado em € 1,5 milhão (quase R$ 10 milhões), valor correspondente ao ouro nativo, que tem cotação superior ao ouro metálico. A procuradora destacou que o valor histórico e científico das peças é "inestimável".
Investigadores da Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB) constataram que duas portas do museu foram cortadas com uma serra elétrica, e a vitrine que abrigava as pepitas foi quebrada com um maçarico. Próximo ao local, foram encontrados o maçarico, a serra elétrica, uma chave de fenda, três botijões de gás, usados para alimentar o maçarico e a serra.
Segundo imagens de videomonitoramento, uma única pessoa entrou por arrombamento no museu pouco depois da 1h da manhã e saiu por volta das 4h, explicou Beccuau. As investigações telefônicas mostraram que a suspeita deixou a França no mesmo dia, 16 de setembro, e se preparava para retornar à China. No momento da prisão, ela tentou se desfazer de cerca de 1 kg de ouro derretido.
A procuradora informou que a investigação continua, especialmente para descobrir o paradeiro dos objetos roubados e identificar possíveis cúmplices.
Com AFP