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Europa

Com êxito de extrema direita, premiê francês corta impostos

Vitória do partido Frente Nacional nas eleições europeias denuncia que os franceses estão cansados de aumentos dos tributos

26 mai 2014 - 11h05
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<p>Primeiro-ministro da Fran&ccedil;a, Manuel Valls, deixa o Pal&aacute;cio do Eliseu, ap&oacute;s uma reuni&atilde;o, nesta segunda-feira</p>
Primeiro-ministro da França, Manuel Valls, deixa o Palácio do Eliseu, após uma reunião, nesta segunda-feira
Foto: Reuters

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, prometeu nesta segunda-feira promover mais cortes de impostos neste ano, dizendo que o triunfo do partido de extrema direita Frente Nacional nas eleições europeias demonstrou que os franceses estão cansados de aumentos dos tributos.

Valls salientou que a França ainda realizaria os cortes orçamentários necessários para levar seu déficit público para dentro dos limites da UE. Mas, em um potencial sinal de possível discordância interna, membros da ala esquerda do partido Socialista do governo disseram que os resultados das urnas justificavam a sua oposição a tais cortes.

O partido anti-imigração e anti-UE de Marine Le Pen ficou em primeiro lugar na França, com 25 por cento dos votos, vencendo sua primeira eleição de caráter nacional em uma afronta tanto para socialistas quanto para conservadores de oposição.

O partido Socialista, do presidente François Hollande, ficou com quase 14 por cento, seu pior desempenho em uma eleição para a União Europeia, enquanto o partido de centro direita UMP obteve quase 21 por cento dos votos.

Valls, que no domingo definiu a vitória da Frente Nacional como um “terremoto" político para a França, um dos países fundadores da União Europeia, disse que o governo deveria pressionar por planos de redução de impostos.

“Precisamos de mais cortes de impostos… isso tem que acontecer, porque isso (o fardo tributário) se tornou insuportável”, disse Valls à rádio RTL quando questionado se tal medida seria incluída em futuros planos orçamentários que serão revelados no fim deste ano.

“Até que o desemprego caia, até que o poder de compra cresça, até que os impostos caíam, os franceses não vão acreditar em nós”, disse ele.

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